Flamengo mantém vínculo com a Libra e pressiona por nova divisão das receitas de TV; entenda
Clube sustenta que cálculo de audiência na Libra deve considerar o peso de cada plataforma

O Flamengo não pretende deixar a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e vai permanecer no bloco para defender mudanças na distribuição das receitas de direitos de transmissão. A posição do clube é manter-se na associação para sustentar sua interpretação sobre o rateio, enquanto demais integrantes cobram a manutenção do acordo já deliberado.
Em reunião com conselheiros na noite de terça-feira (7), o presidente do Conselho de Administração do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (Bap), apresentou os argumentos do clube. O entendimento interno é que, ao sair, o Flamengo “daria” unanimidade ao bloco, já que é o único a divergir dos termos aprovados, e, por isso, não deixará a Libra “de jeito nenhum”.
O contrato da Libra com a Globo vale até 2029 e prevê pagamento anual de R$ 1,17 bilhão, com variação atrelada ao Première. A divisão pactuada estabelece 40% iguais entre os clubes da primeira divisão, 30% por desempenho esportivo e 30% por audiência. O impasse está nesses 30% finais. Para parte dos integrantes, trata-se de cálculo direto do percentual de audiência de cada clube sobre essa fração. O Flamengo, porém, sustenta que o contrato prevê ponderação pelo peso de cada plataforma nas receitas — TV aberta, TV fechada e streaming — sem que haja definição prévia de quanto cada uma contribui. A revisão desse critério poderia elevar a fatia do rubro-negro.
O clube também aponta supostas irregularidades na assembleia que aprovou a divisão, citando alteração na convocação em relação ao início da reunião e ausência de unanimidade no registro. A discussão passou a ser pauta da gestão Bap, que recebeu apoio de conselheiros para manter a disputa dentro da Libra.
A Libra reúne Atlético-MG, Bahia, Brusque, Ferroviária, Flamengo, Grêmio, Guarani, Palmeiras, Paysandu, Red Bull Bragantino, Remo, Santos, São Paulo, Vitória e Volta Redonda. O Vitória decidiu aderir à Liga Forte União (LFU), mas a saída da Libra só terá efeito prático a partir de 2030. Para ingressar na LFU, o clube negociou 15% dos direitos de TV até 2074 com investidores coordenados por Life Capital Partners (LCP) e XP Investimentos; a maioria dos integrantes desse grupo já havia vendido 10%.
Texto reescrito com o auxílio do Chat GPT e revisado por nossa equipe, com informações do Estadão Conteúdo