Tupi vira sobre a Caldense, mas leva empate no fim do jogo
Com dois gols de Marcus Vinícius, Carijó mostrou poder de reação, mas no final deixou escapar a primeira vitória no Estadual

O Tupi segue sua triste sina na temporada 2019. Após quatro jogos pela atual edição do Campeonato Mineiro, o Galo Carijó ainda não sabe o que é vencer. Por pouco, a tão almejada vitória não veio neste sábado (2), quando os juiz-foranos receberam a Caldense. Em jogo de reviravoltas, a Veterana saiu na frente nos minutos iniciais. Os donos da casa até pularam na frente no segundo tempo com dois gols do atacante Marcus Vinícius, que contou com sorte e oportunismo para, independentemente do sol forte, mostrar que, ao menos ele, estava mesmo era virado para a lua. Mas o balde água fria veio nos instante finais da partida, quando os visitantes conseguiram o gol de empate. Se não é motivo para comemoração, o pontinho conquistado diante de sua torcida, ao menos momentaneamente, tirou o Tupi do gélido desconforto da zona de rebaixamento. Ao menos até amanhã, quando o Villa Nova entra em campo contra o Cruzeiro.
A tensão que antecedia a partida se fez ainda mais real logo quando a bola rolou. Após quatro minutos mornos, a Caldense se aventurou no campo de jogo carijó e Carlinhos foi derrubado na área pelo lateral-esquerdo Emerson. O árbitro Jerferson Antônio da Costa apontou a marca da cal. Pênalti para a veterana. Com muita tranquilidade, Judson foi para bola e colocou no canto direito de Villar, que se atirou para o lado esquerdo: 1 a 0 para os visitantes.
O gol não mudou o perfil do jogo. A Caldense seguia bem postada em seu campo de defesa, e o Tupi tentava, de forma atabalhoada, levar perigo ao gol defendido por Felipe. No primeiro bom momento, aos 16, Breno fez jogada pelo lado esquerdo, cruzou, mas a bola cruzou toda a pequena área sem que o atacante Marcus Vinícius conseguisse empurrar para as redes.
Com 20 minutos de primeiro tempo, a torcida carijó já mostrava certa impaciência nas arquibancadas. Aos 37, no entanto, por um segundo, as pazes entre jogadores e torcedores foram reestabelecidas. O Tupi insistiu em jogada pelo lado direito. De tanto pelejar, Saulo achou o lateral-direito Léo Felipe, que levantou na área para cabeçada certeira de Breno. O grito de gol ecoou na arquibancada, seguido urros de revolta contra o bandeirinha que apontou impedimento e anulou o lance.
Aos 41, o Galo chegou de novo. Em jogada confusa,a bola desviou no ataque carijó e, por pouco, não encobriu o goleiro Felipe, que acabou se recuperando e jogando para escanteio. Todavia, o bandeirinha apontou tiro de meta e passou a ser o principal alvo da torcida alvinegra. Enfim, assim como o clima, o jogo esquentou de vez. A Caldense chegou a colocar a bola na trave de Vilar em jogada aérea. Na sequência, aos 43, Saulo arrancou pela direita e foi derrubado. Emerson tentou uma vez e a bola rebateu na defesa. Tentou de novo, mas chutou para fora e o Tupi seguiu para o vestiário em desvantagem no placar.
Vira-vira
O segundo tempo começou e o Tupi levou os mesmos 4 minutos para dar o troco na Caldense. E foi chorado. Em jogada trabalhada no ataque, o meia Nélio abriu para Breno pelo lado esquerdo. Já na grande área, o camisa 11 tentou tirar do goleiro e bateu cruzado. O lance parecia ter endereço certo, não fosse a presença de um defensor da Caldense que tentou afastar o perigo com um chutão, mas acabou acertando Marcus Vinícius e viu a bola, caprichosa, enamorar-se com as redes. Gol do Galo e tudo igual no marcador.
O gol pacificou os ânimos da torcida, que passou a jogar ao lado dos atletas em campo. A arquibancada tentava empurrar um time que se esforçava, de novo de forma atabalhoada, em buscar o ataque.
Passaram mais 4 minutos. Depois, mais 4, e quando o ponteiro já deixa a marca do 12º minuto, brilhou a estrela do camisa 9. De novo. Nélio dominou com tranquilidade pelo intermediária esquerda e soltou um balaço. O goleiro Felipe parecia senhor da situação. Caiu tranquilo para encaixar, mas bateu roupa. Soltou nos pés de Marcus Vinícius, que só tocou para o fundo das redes e incendiou uma vez mais as arquibancadas do Municipal.

A virada fez a Caldense mudar um pouco a postura e tentar sair para o jogo. Aos 17, Mazinho recebeu dentro da grande área. Sozinho, bateu de primeira, mas pegou muito embaixo da bola e isolou por sobre a meta de Vilar. Agora, porém, eram os visitantes os atabalhoados. Bem postado no setor defensivo e procurando encaixar um ou outro contra-ataque, o Tupi conseguiu baixar a temperatura e tornou o jogo morno. Tudo parecia controlado até os 44. Cruzamento na área carijó, o volante Felipe Baiano cabeceou e, em finalização estranha, que demorou uma eternidade, encobriu o goleiro Vilar e determinou o empate no marcador: 2 a 2.
As últimas esperanças das arquibancadas já silenciosas surgiram quanto o quarto árbitro levantou a placa apontando 4 minutos de acréscimos. O Tupi até tentou se lançar ao ataque. Desordenadamente, é verdade. Mas desta vez, não teve sorte nem oportunismo, tampouco chances de gols, e o Galo Carijó segue seu calvário no Estadual, ainda sem conseguir vencer após quatro jogos, três deles em Juiz de Fora.
O Carijó volta a campo pelo Campeonato Mineiro no próximo sábado, quando vai até Divinópolis enfrentar o Guarani. Antes porém, na quarta-feira, o desafio é no Rio Grande do Norte, contra o Santa Cruz de Natal, pela Copa do Brasil.