Ídolo no Japão, Raphael Botti reencontra torcedores em jogo festivo do Vissel Kobe
Ex-meia do Vasco e do clube japonês, juiz-forano participará do ‘Legends Game’ ao lado de Laudrup e outros nomes históricos
Quatorze anos depois de deixar o futebol japonês, o juiz-forano Raphael Botti, 44, está de volta ao país onde viveu a fase mais marcante de sua carreira. O ex-meia, com passagens por Vasco, Jeonbuk Hyundai, da Coreia do Sul, e Army United, da Tailândia, foi convidado para disputar o “Legends Game”, jogo comemorativo do aniversário do Vissel Kobe, neste sábado (2), no Estádio Kobe Wing. Todos os ingressos para a partida já foram vendidos.
O reencontro com o Vissel Kobe, clube em que atuou entre 2007 e 2011, promete ser emocionante. Botti, jogador estrangeiro com mais jogos na história do clube, será um dos representantes da equipe formada por ex-jogadores estrangeiros que atuaram no time asiático. Do outro lado, estarão os japoneses que também fizeram história com a camisa da equipe. “Recebi esse convite já faz uns quatro meses. O clube já estava se organizando para a festa de aniversário, com um jogo festivo. Entraram em contato pedindo minha presença. A expectativa está maravilhosa”, conta.

Em entrevista à Tribuna em sua casa, o ex-camisa 10 do Vissel mostrou as dezenas de faixas dadas pela torcida, além das diversas fotos do período em que jogou no clube. Desde o último dia 26, no Japão, ele foi recebido por alguns torcedores no aeroporto e tem sido parado por onde anda.
Por isso, o retorno ao país será também um momento de memória e emoção. Segundo ele, há uma década não pisa em solo japonês, embora os vínculos nunca tenham se rompido. Com o convite, voltou a mexer em antigos presentes de torcedores e a recordar a relação intensa que construiu com o clube e a cidade. “Enquanto você está jogando, não tem noção da importância que tem dentro do clube. Depois que você se aposenta, percebe o quanto representou para os torcedores. Isso é muito gratificante.”
Entre os nomes confirmados para o jogo das lendas estão o dinamarquês Michael Laudrup e o coreano Kim Do-Hun. O campeão do mundo e ídolo do Barcelona, Andrés Iniesta, foi convocado para a partida, mas não pôde comparecer. Acompanhado da esposa Lívia e dos filhos Jonathas e Raphael, Botti vai vivenciar pela primeira vez a experiência de entrar em campo ao lado da filha, que nasceu após sua aposentadoria.
“Experiência nova entrar com ela, tirar uma foto, ficar de mãos dadas. Vai ficar marcado”, afirma. Além do jogo, a viagem terá tempo para turismo. Tóquio está no roteiro, com planos de visitar parques, andar de kart pelas ruas da capital, fazer compras e levar a filha à Disney japonesa. “É uma experiência incrível. Voltar ao clube como ex-jogador, com minha família, rever amigos de muitos anos. Tudo muito especial”.

Trajetória internacional de Raphael Botti
O juiz-forano Raphael Botti começou a carreira na base do Clube Bom Pastor, com o professor Sérgio Moraes. Chegou a jogar por Tupi e Sport, antes de ir para o Vasco da Gama, clube em que se profissionalizou em 2001. Lá, teve a oportunidade de jogar com Romário e Bebeto.
Em seguida, foi para a Coreia do Sul, onde brilhou com a camisa do Jeonbuk Hyundai, conquistando a Champions League da Ásia em 2006, além de participar do Mundial de Clubes no mesmo ano. Entre 2007 e 2011, defendeu o Vissel Kobe, do Japão, se tornando um dos maiores ídolos da história da agremiação. Depois, passou pelo Figueirense e encerrou a carreira no Army United, da Tailândia, em 2016.
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