‘O retorno de Mary Poppins’ estreia nesta quinta-feira em JF
Há (muitas) pessoas que torcem o nariz e fogem com todas as forças de suas pernas dos musicais cinematográficos, mas é impossível negar a importância que algumas produções do gênero trouxe para a história da sétima arte. É o caso de “Mary Poppins”: lançado em 1964, o longa da Disney é um clássico atemporal que encanta o público, geração após geração. Na época, a adaptação da série de livros de P. L. Travers, dirigida por Robert Stevenson, levou cinco prêmios do Oscar, incluindo melhor atriz pela atuação inesquecível de Julie Andrews. A Disney chegou a tentar, em algumas ocasiões, produzir continuações da história – inclusive com Julie Andrews reprisando o papel da babá britânica -, mas a escritora sempre apresentava poréns que inviabilizaram um novo longa.
Pois agora, 54 anos depois, eis que chega aos cinemas, nesta quinta-feira (20), “O retorno de Mary Poppins”, que tenta levar para a tela grande toda a magia e encantamento do original, aproveitando-se dos efeitos especiais que a atual tecnologia oferece – mas tendo em mente a importância de não se perder o encanto e o espanto da magia – e, por motivos óbvios, um novo elenco. A direção é de Rob Marshall (“Chicago”, “Caminhos da floresta”), e coube a Emily Blunt a difícil (alguns diriam quase impossível) tarefa de substituir Julie Andrews como Mary Poppins. Para o papel do acendedor de postes (anteriormente um limpador de chaminés) Jack, Lin-Manuel Miranda substitui Dick Van Dyke, que, aos 93 anos, faz uma participação especial e que deve emocionar os fãs mais antigos.
A Disney poderia ter tido a (má) ideia de trazer a senhorita Poppins para os dias atuais e fazer um remake “safado” em que a babá tivesse que lidar com crianças nova-iorquinas filhas de um casal de millenials, enfurnadas em celulares, tablets e outras modernidades, mas optou por um caminho mais interessante. A história se passa em Londres, em 1935, 25 anos depois dos eventos de “Mary Poppins”. Jane (Emily Mortimer) e Michael Banks (Ben Whishaw), que no longa original eram as crianças de quem a babá cuidou, agora são adultos que passam por dramas típicos de quem precisou encarar a crise econômica da década de 30 e outras tragédias pessoais.
E quem mais sofre é Michael, pai de três filhos e que se tornou viúvo recentemente. Para piorar, a crise fez com que ele ficasse sem condições de pagar os empréstimos que contraiu e se vê prestes a perder para o banco em que trabalha a casa onde mora e que era de seu pai. É neste momento que, sem avisar, Mary Poppins volta à cena. Desta vez, entretanto, sua missão não é cuidar de um casal de crianças bagunceiras, mas ajudar aos irmãos e herdeiros que ainda é possível encontrar alegria e superar as adversidades – com muita música e dança, claro, afinal este se trata de um musical da Disney, e a ajuda de Jack, parceiro de longa data.
Além de toda a reverência ao original, “O retorno de Mary Poppins” ainda tem no elenco Colin Firth como o ganancioso dono do banco que cobra a entrega da casa, e Maryl Streep no papel da excêntrica prima de Mary Poppins.
Mary Poppins
Estreia nesta quinta-feira (20). UCI 5 (dub): 14h15, 17h (qui a dom), 14h e 19h (ter e qua). UCI 5 (leg): 19h45 (qui a dom), 22h30 (exceto seg), 16h50 (ter e qua)
Tópicos: cinema