Primeiro Plano 2025: veja a programação completa do festival de cinema deste ano

Juiz de Fora é palco da 24ª edição do Primeiro Plano, o Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades. O evento, cuja programação ocorre entre os dias 3 e 8 de novembro, reúne diversas obras cinematográficas de diretores estreantes. Assim, a abertura oficial ocorre às 20h no Teatro Paschoal Carlos Magno, com a exibição de quatros curtas produzidos por mineiros, em apresentação de sessão com Libras, audiodescrição e legenda para surdos e ensurdecidos. A entrada é gratuita e o primeiro dia é finalizado com uma integração no Café Muzik.

“Duas coisas que me orgulham muito foi do festival ter sido realizado nesses 23 anos, ininterruptamente desde 2002. Acho que graças principalmente à força da equipe que topava fazer ele, independente dos recursos disponíveis. A segunda é que eu acredito que o Primeiro Plano tem muito impacto na produção local. Na sua primeira edição, a gente tinha cinco filmes da cidade e hoje, por exemplo, recebemos mais de 80. A gente sempre está incentivando as produções locais e esse ano vamos fazer uma sessão de abertura com quatro curtas que tiveram o nosso apoio”, comenta o Coordenador Geral do festival, Aleques Eiterer. 

A busca por um cinema inclusivo

No primeiro dia do Primeiro Plano, Juiz de Fora recebe a exibição de quatro curtas de diretores vencedores em categorias da edição de 2024. São eles: “Cabeça de boi”, de Lucas Zacaria, que participou do Festival de Cinema de Gramado; “Pão com ovo”, da atriz Pri Helena, a “Zezé” de ”Ainda estou aqui”; “Piratas de asfalto”, de Piêtro Fregulia e vencedor de melhor roteiro de curta-metragem e “Onde os anos passaram”, de Felipe Brum, diretor agraciado na categoria Incentivo Primeiro Plano. 

“Esse é talvez o único festival de cinema no Brasil, com foco em diretoras e diretores estreiantes ou em começo de carreira, e isso por si só ja é de grande importância porque valoriza e incentiva a germinar uma nova geração do cinema da zona da mata mineira, que procura espaços para ser visto e discutido. Para esta edição, nós vamos ver muito desse novo cinema mineiro, estou muito animado especialmente pra assistir Piratas de Asfalto, O Silêncio Elementar e Pão com Ovo, mas a programação está lotada de vários filmes interessantíssimos”, aborda o produtor Felipe Brum.

Já a Sessão Lanterninha, que leva filmes da temática infanto-juvenil, reúne obras que serão exibidas e reexibidas para o público. Essa parte da programação é composta por dez produções de diretores brasileiros e também estrangeiros. Com classificação livre, as primeiras sessões ocorrem às 14h da terça (4), com duração de 49 minutos e com direito a reexibição na quarta-feira (5) no mesmo horário. A segunda, leva obras que serão exibidas às 14h, na quinta-feira (6), com duração de 62 minutos e classificação a partir dos 12 anos.

“Nossas sessões tem o intuito de fazer com que o cinema que está sendo produzido chegue a mais crianças e que também traga aos produtores essas trocas, pois estamos aprendemos muito sobre esse aspecto inclusivo, seja na Sessão Lanterninha voltada para esses jovens, seja no contexto de acessibilidade por conta da audiodescrição, libras e legendas”, afirma  a mestra em cinema e especialista em audiodescrição, Patrícia Almeida.

As obras inclusas na primeira sessão são “Minha querida bruxinha”, de Brenda Magalhães; “A mensagem na garrafa”, de Luana Ferreira Neves; “Mundinho”, de Gui Oller, Pipo Brandão e Ricky Godoy; “Medo de cachorro”, de Italo Tapajós e “Legado”, de Diogo Aurich. Já na segunda, fazem parte: “Três lobos e um porco arisco”, de Luiza Cimino, Rafael Costa e Lorenzo Barp; “Vestígios”, de Marina Fortunato Herweg e Milena Rey-Sanchez; “Marahoro”, de Sofía Rodríguez Pizero; “Pequeno B”, de Lucas Borges da Cruz e “A fogueira já queimou o meu amor”, de Maria Ianne.

As mostras competitivas

Durante uma semana, serão realizados eventos paralelos, como oficinas temáticas, debates e uma programação noturna, além da mostra competitiva regional, com obras de Juiz de Fora, Zona da Mata e Vertentes e também a de mercocidades, com obras sul-americanas. Assim, no sábado (8), as produções selecionadas serão premiadas em diferentes categorias. Para as Mercocidades, estão inclusas: Melhor Filme, Direção, Roteiro, Direção de Fotografia, Concepção Sonora, Montagem, Direção de Arte, Trilha Musical, Interpretação, Primeiro Plano e Melhor Curta pelo Júri Popular. Já para o Regional, além do Prêmio Incentivo Primeiro Plano, os curtas também concorrem às categorias Prêmio Luzes da Cidade, Prêmio José Sette, Voto do Público e Laboratório de Curtas Luzes da Cidade.

“O Primeiro Plano é uma grande janela para que novos diretores possam surgir, trocar informações, conteúdos, pesquisar, estudar. É de suma importância para o cinema brasileiro esse tipo de projeto, porque se não a gente acaba vendo nos festivais sempre os mesmos diretores, já conhecidos, já conceituados, mas todo mundo precisa da sua primeira exibição e eu acho que o primeiro plano fomenta isso de forma brilhante”, relata Jöão Monteiro, diretor do curta “Mãe”, que aborda a maternidade de uma mulher transexual.

Para a Mostra Competitiva Regional, está prevista a exibição de 33 curtas-metragens das cidades de Juiz de Fora, Visconde do Rio Branco, Volta Redonda, Rio de Janeiro, Muriaé, Ervália, São Paulo e Barbacena. Divididas em Programa 1, 2, 3 e 4, as sessões ocorrem às 16h de terça-feira (4), quarta-feira (5), quinta-feira (6) e sexta-feira (7). Já a Mostra Competitiva Mercocidades, também dividida em quatro programas, reúne 24 obras, pertencentes a diversos estados do Brasil e países como Colômbia, Paraguai, Argentina e Chile.

Longas-metragens, mostras audiovisuais e mais 

A partir de terça-feira (4), no Teatro Paschoal Carlos Magno, iniciam as sessões de longa-metragem, produções cinematográficas com mais de 70 minutos. Nesse sentido, quatro produções terão seu espaço na modalidade, sendo exibidas às 21h e com temas que englobam desde relações familiares e fraternas a sexualidade. “Criadas”, de Carol Rodrigues, está marcada para terça-feira (4); “Torniquete”, de Ana Catarina Lugarini e estrelado por Marieta Severo, para quarta-feira (5); “O Prazer é Meu”, de Sacha Amaral, para quinta-feira (6), às 21h e, por fim, “A Natureza das Coisas Invisíveis”, de Rafaela Camelo, nesta sexta-feira (7).

Também fazem parte do Primeiro Plano as Mostras Audiovisuais de Juiz de Fora, divididas em três sessões que ocorrem no sábado (8), a partir das 14h. Compõem a lista de produções, os filmes “Lindo Sonho Escuro”, de Bruno Ferreira; “Who’s this?” e DragKiller” de Johnny Victor; “O silêncio das ostras”, de Marcos Pimentel; “Depois do Ponto Final”, de Rafael Pinheiro Aguiar e “Qual é o Bizzu?”, de Kitty Kiffer.

O Teatro Paschoal Carlos Magno também recebe a sessão com libras, audiodescrição e legenda, “As novas ferramentas e o futuro do cinema”, às 14h de sexta-feira (7). Com apresentação dos filmes “Sonho finlandês e paranóico”, da argentina Jimena Aguilar e “Juiz de Fora através dos séculos”, de Leonardo Amorim, a atividade é seguida de debate.

Além disso, o Primeiro Plano também conta com uma agenda noturna. O circuito do evento é composto pelo Café Muzik, São Bartolomeu, Maquinaria, Janela e Contra Espaço Cultural, cujos encontros ocorrem após o término das sessões de cinema diárias. Por fim, serão realizadas oficinas temáticas, já com as inscrições já encerradas.

* Estagiária sob supervisão da editora Mariana Floriano

Serviço

Abertura oficial do Primeiro Plano 2025 – Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades

Data: 3 de novembro (segunda-feira)

Horário: 19h30

Local: Teatro Paschoal Carlos Magno (R. Gilberto de Alencar, 1 – Centro)

Entrada franca

Programação completa no site do Primeiro Plano e Instagram

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