Ranking do Procon de JF lista empresas com maior e menor resolutividade de conflitos

Órgão convocou mais de 1.700 audiências entre maio e agosto deste ano


Por Fernanda Castilho

28/10/2025 às 18h55

Nesta terça-feira (28), o Procon de Juiz de Fora publicou o boletim Fornecedor em Foco, que analisou o desempenho de empresas quanto à resolução de reclamações registradas no município entre maio e agosto, o segundo quadrimestre do ano. Os bancos Itaú (9,38%), Agibank (9,76%) e Pan (13,04%) figuram entre as piores empresas no ranking que avalia os acordos realizados no período. Enquanto o melhor desempenho ficou com as operadoras Tim (77,42%), Oi (44,58%) e Vivo (44%).

No mesmo período, o órgão convocou mais de 1.710 audiências para mediar conflitos entre consumidores e empresas. As convocações são realizadas quando não há eficiência na resolução das reclamações por meio das tratativas por telefone e carta. “O simples fato de estar no ranking constitui um fator negativo, pois, dentro dessa lógica, quanto menor for o número de convocações de um fornecedor, mais ágil e eficiente será o tratamento dos problemas apresentados pelos consumidores”, avalia o órgão.

Segundo a análise, as empresas mais convocadas para audiências foram Oi, Banco BMG, Banco Mercantil, Grupo Casas Bahia, Itaú, Magazine Luiza, Grupo Mercado Livre, Banco Bradesco, Cemig, Tim, Banco Agibank e ARS Comércio de Móveis e Serviços.

O boletim também listou dez empresas que não resolveram nenhuma das reclamações no período: Banco Santander, Banco Banrisul, Banco Inbursa, Shopping dos Móveis, Supermercados BH, QI Sociedade de Crédito Direto, Pereira Comércio de Piscinas e Acessórios Ltda, In Glow – Shein, Grupo Lado e Medmaster Estética e Emagrecimento. 

Como destaca Tainah Matarazzo, superintendente do Procon, o boletim tem o objetivo de promover a transparência e informar os consumidores sobre o desempenho das empresas nas audiências de conciliação, incentivando a melhoria na qualidade dos serviços. “Metade dos fornecedores estudados neste quadrimestre apresentou queda na taxa de resolutividade. O desempenho continua insatisfatório, pois a maioria permanece abaixo da média, com apenas um fornecedor (TIM) acima desse patamar”, aponta o estudo coordenado pelo Departamento de Estudos, Pesquisas e Projetos (DEPP) do Procon/JF.

A Tribuna demandou posicionamento das empresas mais convocadas para audiências e empresas com menor resolutividade. Até esta publicação, somente o Banco Mercantil respondeu.

De acordo com a assessoria do Mercantil, o banco adota políticas e normas em total conformidade com as legislações vigentes do Banco Central do Brasil e do Código de Defesa do Consumidor. “Para o Mercantil, mitigar quaisquer tipos de reclamações e manter uma relação de transparência com seus clientes são prioridades. O Banco reitera seu compromisso com a melhoria contínua e se mantém à disposição dos órgãos de defesa do consumidor para prestar os devidos esclarecimentos”, informou.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.