Coletivo recebe doações para distribuir a famílias carentes de JF
Mulheres em situação de rua e moradores do Bairro Parque das Águas já foram contemplados, mas arrecadação continua
Uma ação do coletivo feminista 8M, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino no Município de Juiz de Fora (Sintufejuf), com a Escola Estadual Olavo Costa e com o Instituto de Educação e Cidadania, já contemplou, desde a última semana, cem famílias do Bairro Parque das Águas, na Zona Norte de Juiz de Fora, com alimentos e produtos de higiene e limpeza. Além das cestas com os mantimentos, as famílias, em situação de vulnerabilidade social, receberam máscaras de proteção e álcool gel, para se protegerem do novo coronavírus. Conforme o coletivo, ainda há pessoas que não receberam o auxílio. Por isso, o grupo continua recebendo doações.
Para a distribuição, o coletivo 8M utilizou o cadastro do Instituto de Educação e Cidadania, inicialmente com 115 mulheres em situação de rua, assim como dados da comunidade do Bairro Parque das Águas, contendo as famílias inscritas no Programa Bolsa Família ligadas à Escola Estadual Olavo Costa, incluindo aquelas com estudantes carentes, que, em muitos casos, dependem da merenda escolar para fazer sua única refeição do dia.
As precauções para proteger os voluntários também foram adotadas, segundo Cristina Castro, integrante do coletivo 8M e do Conselho Nacional de Direitos Humanos. “Nós defendemos o isolamento e organizamos tudo de forma remota e virtual. Na sexta-feira (17) foi feita a entrega das cestas básicas direcionadas às famílias previamente definidas pela direção da escola, uma vez que possuem os dados daqueles que vivem de maneira mais precária. A escolha do bairro se deu em virtude de um trabalho social, ligado à violência doméstica, que já vem sendo desenvolvido pelo nosso coletivo”.
A expectativa é de contemplar 180 famílias. Para isso, ainda são necessárias doações. “Estamos nesse empenho para conseguir mais recursos e abranger todas as pessoas que necessitam de nossa ajuda naquela comunidade, inclusive a população em situação de rua”, disse Cristina.
Contribuições
Para completar a fase inicial da campanha e abranger o público-alvo, o coletivo está recebendo contribuições em qualquer valor. Elas podem ser feitas meio de uma conta bancária da Caixa Econômica Federal, cuja agência é 2251, conta poupança 3473-0, em nome de Núbia da Silva Oliveira, integrante do coletivo. A entidade fará prestações de contas quinzenais, e todo o protocolo de cuidados será observado pelas mulheres que participam das ações diretas.
As doações podem acontecer ainda presencialmente, na Escola Estadual Olavo Costa, na Rua Maria Geralda de Freitas, s/n. Entretanto, o horário da doação deve ser combinado previamente, tendo em vista o fechamento das escolas em meio à pandemia. O contato para contribuições pode ser feito ainda pelo telefone (32) 99112-6962.
Ajuda para receber benefício do governo
Integrante do Conselho Nacional de Direitos Humanos, Cristina Castro informou que o coletivo também busca oferecer auxílio às pessoas que têm direito ao auxílio emergencial de R$ 600 do Governo federal. Segundo ela, muitas mulheres assistidas pelo coletivo não possuem telefone, item essencial para fazer o cadastro, fato que motivou uma reunião a nível nacional, nesta semana, para pensar em alternativas para que essas famílias não fiquem de fora. Ainda conforme Cristina, há pessoas que não têm conhecimento de como realizar o cadastro. “Essas já estão sendo auxiliadas pelo próprio coletivo. Essa quantia é fundamental para as famílias neste momento crítico de pandemia”, finalizou.
Tópicos: coronavírus