Funcionários do Hospital de Misericórdia de Santos Dumont cruzam os braços


Por Juliana Netto

22/02/2016 às 13h11- Atualizada 22/02/2016 às 19h43

Atualizada às 19h44

Cerca de 250 funcionários do Hospital de Misericórdia de Santos Dumont iniciaram ontem uma paralisação. Os servidores reivindicam o pagamento de salário de janeiro, que deveria ser quitado no quinto dia útil deste mês, além do acerto do 13º salário de 2015. Com a interrupção dos serviços, setores como higiene e limpeza, enfermagem, lavandeira e funerária atuam em escala mínima. Serviços administrativos, como recepção e faturamento, também estão comprometidos.

Conforme o presidente do Sindicado dos Profissionais de Enfermagem e Serviços de Saúde, Agnaldo Tomé da Rocha, o fechamento da folha de fevereiro, que aconteceria até o dia 20, também estaria comprometido. Ele afirma que a paralisação seguirá por tempo indeterminado, até que os honorários sejam quitados. “Comunicamos à população, ao prefeito, aos provedores do hospital e as outras autoridades competentes. Desta vez, não aceitaremos acordo. Os funcionários só retornarão ao serviço quando forem feitos os dois pagamentos.”

À Tribuna, o provedor do hospital, Salomão Michel, confirmou a dificuldade em quitar os débitos. Segundo ele, para tentar efetuar os pagamentos, a instituição teria solicitado empréstimo de cerca de R$ 1 milhão junto à Caixa Econômica Federal. “Normalmente, o dinheiro é liberado em cerca de dez ou 15 dias. No entanto, estamos aguardando pelo dinheiro desde 8 de janeiro.” Ainda segundo o provedor, os atrasos seriam provenientes do problemas nos repasses municipais, estaduais e federais. “Estamos em contato direto com vereadores, Prefeitura e até mesmo com o Ministério Público. Também pretendemos levar a situação à Gerência Regional de Saúde, em Juiz de Fora”.

Por meio de nota, a Caixa Econômica informou que a liberação do recurso previsto em contrato aguarda autorização do Ministério da Saúde. Até que o imbróglio seja resolvido, o hospital tem realizado somente atendimentos em caráter de urgência e emergência. “Os pacientes classificados com baixo risco estão sendo encaminhados para postos de saúde”, explica o provedor. Este é o segundo atraso no pagamento de salário dos servidores somente em 2016. Em janeiro, os funcionários suspenderam o atendimento pelos mesmos motivos.

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