Estudo quer apontar soluções para trânsito no Estrela Sul
Levantamento será feito por uma consultoria contratada pela iniciativa privada após acordo com a Settra; além da contagem volumétrica, velocidade dos veículos e comportamento dos motoristas serão avaliados
Um estudo de tráfego será iniciado nesta terça-feira (20) com o objetivo de apontar alternativas para melhorar a segurança viária no Bairro Estrela Sul, região Sul de Juiz de Fora. Os trabalhos estarão concentrados na rotatória de acesso ao bairro, entre a Ladeira Alexandre Leonel e a Alameda Pássaros da Polônia, assim como o entorno, locais onde o trânsito apresenta retenções, havendo riscos para condutores, motociclistas e pedestres. Com o crescimento da região, que sofreu explosão imobiliária nesta década, e ainda abriga estabelecimentos comerciais de grande porte, o fluxo ficou acima da demanda comportada. Batidas entre veículos nos cruzamentos já são constantes, enquanto pedestres não têm sequer uma faixa de travessia para se locomover de um lado para outro.
O estudo a ser desenvolvido será uma contagem volumétrica de 24 horas, que será feita entre terça e quinta-feira (22). O levantamento será desenvolvido por uma consultoria de mobilidade urbana de São Paulo, contratada pela iniciativa privada com aval da Settra. Trata-se de uma parceria da Prefeitura com os polos geradores de tráfego da região, que são o Spazio Design, o Independência Shopping e o Hiper Bretas. Este último, no entanto, não participa financeiramente do estudo, e sim o proprietário do terreno onde o hipermercado está instalado.
De acordo com o secretário de Transporte e Trânsito, Rodrigo Tortoriello, a ideia é que a consultoria apresente alternativas para disciplinar o trânsito na região, aumentando a segurança de todos os modais. “Este cruzamento tem um problema que é complexo e exige investigar a causa antes de especular quais serão as melhores soluções.” A contagem volumétrica, que inicia-se na terça-feira, será feita por uma câmera colocada em uma carretinha. Ela não ficará presa em um único ponto, e sim deslocada momentaneamente para determinado ponto das vias do entorno. O dispositivo vai identificar e quantificar os mais diferentes tipos de veículos, a velocidade empregada e o comportamento do condutor diante dos problemas que surgem. “Por exemplo, estou de carro no trevo para seguir em direção ao shopping e vejo um carro subindo a via do lado contrário. Eu fico seguro ou concluo o deslocamento? Este tipo de situação é que precisamos compreender”, explicou o secretário.
Manter o hábito
Por se tratar de um diagnóstico de situação, a Settra pede para que os motoristas habituados com a região não evitem as ruas nestes dias. Também reforça que os equipamentos e os trabalhadores que estarão no local não irão fazer fiscalizações, e sim coletar dados sobre como o trânsito na área funciona. “Qualquer mudança de comportamento ou do fluxo poderá resultar em um resultado maquiado. Portanto, mantenham os seus hábitos para que possamos reproduzir a realidade.”
Não há um prazo para o estudo ser concluído, mas o secretário prevê que, já em abril, será possível ter informações sobre a contagem volumétrica. A partir daí serão feitas simulações para definir as melhores soluções para o problema. Tortoriello não quis antecipar se a iniciativa privada participará dos custos de possíveis obras de reestruturação do trevo. “Primeiro precisamos saber qual é o tamanho do problema, para depois definir as possibilidades de implantação diante da solução escolhida.”