Região Nordeste recebe mutirão contra dengue e chikungunya
Os 23 bairros da Zona Nordeste de Juiz de Fora receberam neste sábado (16) a visita de equipes do Demlurb, para coleta dos resíduos sólidos descartados pelos moradores ao longo da semana. O mutirão aconteceu entre 8h e 17h, mas, desde a segunda-feira, agentes comunitários de saúde e de endemias vinham realizando trabalho de conscientização e mobilização na região. O objetivo foi prestar esclarecimentos sobre formas de evitar a proliferação do mosquito da dengue, e terminou ontem com o recolhimento de material que serve de possível criadouro para o Aedes aegypt. Até o momento, o mutirão tirou das ruas de sete bairros da cidade 330,6 toneladas de lixo.
No Centro, foram 15 toneladas de material retirados; na Zona Norte, 53,8 e mais dois caminhões de pneus. Já na Cidade Alta foram 32,8 toneladas; na Zona Sul, 82,5, na Sudeste, 82 e na Leste, 73,5.
Hoje o coordenador do mutirão, Márcio da Silva, afirmou que a população aderiu de forma positiva ao trabalho. “Foram recolhidos vasos sanitários, garrafas PET, latas, fogão e sofá, só não coletamos entulho de obras”, destacou, lembrando a importância dessa medida. “Esse material acumula água e se torna em criadouro e, por isso, a população tem que se conscientizar”, enfatizou Márcio. Ele ainda pontuou que esse tipo de ação tem continuidade durante todo o ano. “Pedimos que cada morador tire dez minutos do seu tempo para fiscalizar sua casa e cubra todo tipo de material que acumule água e também abra sua residência para o nosso trabalho”.
A iniciativa contou com cerca de 200 servidores da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SSVS) da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), que prestaram esclarecimentos sobre os hábitos do mosquito transmissor da dengue e febre chikungunya, principais formas de contágio destas doenças, sintomas, locais preferidos para a colocação dos ovos e como se dá a proliferação de ovos e larvas. Além da eliminação de criadouros e o tratamento focal com a utilização de larvicidas, os agentes orientaram os moradores sobre a necessidade de manter seus imóveis livres da doença.
De acordo com Juvenal Franco, supervisor de campo da SSVS, 80% dos focos encontram-se dentro dos imóveis. Dentre os locais preferidos para a postura dos ovos e desenvolvimento das larvas do Aedes aegypti, destacam-se garrafas PET, vasos de plantas, pneus inservíveis, piscinas sem manutenção, caixas-d’água destampadas, embalagens e vidros abertos, calhas e outros objetos abandonados.