Empresário é condenado a 16 anos por assassinato
Levado a julgamento na tarde de terça-feira (13), João Jorge de Andrade Ferreira foi condenado a 16 anos em regime fechado pelo assassinato de José Roberto dos Santos Maia há 24 anos. O crime foi registrado em 1º de agosto de 1992, na Rua Benjamin Constant, no Centro. O réu foi acusado por ter contratado dois indivíduos não identificados para efetuarem disparos de revólver contra a vítima. O júri popular foi presidido pelo juiz Paulo Tristão, no Fórum Benjamin Colucci. A sessão começou às 10h e estendeu-se pela tarde até por volta de 19h30. O réu, que não estava preso, vai recorrer da decisão em liberdade.
De acordo com o Ministério Público, o homicídio foi praticado por motivo torpe, em virtude de disputa do domínio e exploração do jogo do bicho na região, e com emprego do recurso que impossibilitou a defesa de José Roberto, que foi surpreendido em um bar.
Conforme foi noticiado pela Tribuna na época do crime, José Roberto dos Santos Maia tinha 35 anos, quando foi executado com três tiros à queima-roupa, disparados por dois homens, em frente a um bar movimentado, por volta das 11h, de um sábado. A vítima era comerciante e também seria banqueiro do jogo de bicho.
A hipótese de um crime encomendado foi a que mais circulou depois do fato, principalmente pela execução de José Roberto ter acontecido em plena luz do dia, num local de grande movimento. As especulações sobre o motivo do crime foram muitas, como a disputa no mundo das contravenções do jogo de bicho, falta de pagamento de drogas no tráfico, vingança, e até queima de arquivo. O irmão da vítima, André Luiz de dos Santos Maia, também foi morto de forma violenta juntamente com Nélio Engel Coelho. Ambos foram executados na BR-040, próximo ao Km 785, com muitos tiros, na noite de 9 de abril de 1984.