Bombeiros determinam desocupação de prédio por risco de desabamento
Edifício de quatro andares fica localizado na Rua Elisa de Araújo Braga, no Bairro Industrial
O Corpo de Bombeiros determinou, nesta sexta-feira (12), em razão de risco de desabamento, a desocupação de edifício de quatro andares localizado na Rua Elisa de Araújo Braga 182, Bairro Industrial. Além de condições estruturais precárias, a construção carece de instalação elétrica adequada no entendimento da Defesa Civil da Prefeitura de Juiz de Fora. Em 40 apartamentos, 11 tiveram a saída imediata determinada; os demais estavam inabitados. Conhecido, popularmente, como Bateau Mouche, o edifício já havia sido interditado, em 21 de março, pela Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur). Dos moradores do prédio, apenas uma família, depois de solicitação, foi encaminhada pela Defesa Civil à Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) para pleitear o auxílio-moradia.
Em 2 de janeiro, após incêndio em um dos apartamentos, a Defesa Civil atestara o estado deteriorado da concretagem de corredores, dos acessos aos apartamentos e da ausência de guarda-corpo, extintores de incêndio e corrimão nas escadas. Em 28 de fevereiro, por consequência, o proprietário fora notificado, extrajudicialmente, a respeito das intervenções necessárias, mas deixou de realizá-las. Esgotado o prazo dado pela Defesa Civil, o edifício fora interditado depois de aviso aos moradores, à época, dos 14 imóveis então ocupados. Nesta sexta (12), por outro lado, findado o período de regularização do Auto de Vistoria de Corpo de Bombeiros (AVCB), a corporação orientou os moradores sobre os perigos da estrutura. Conforme os Bombeiros, há novo risco de incêndio.
De acordo com a Defesa Civil, para a reabilitação do imóvel, o proprietário deve garantir a segura desocupação dos moradores e, posteriormente, assegurar as exigências da Defesa Civil, bem como determinações legais. Caso a interdição da Semaur continue a ser descumprida, o proprietário estará sujeito a detenção por crime de desobediência. Uma multa de R$ 46.956,20 foi aplicada e o dono terá 30 dias para regularizar a edificação. A situação, segundo a Defesa Civil, já foi levada à Procuradoria Geral do Município.
