Juiz-foranos relatam suas experiências na Campus Party 2015
A 8ª edição da Campus Party Brasil, realizada em São Paulo até domingo (8), atrai juiz-foranos pelos mais diversos motivos. Assim como os cerca de cem mil visitantes, cada um vai com um objetivo diferente: trabalhar, fazer negócios, se capacitar, jogar games ou até aproveitar a internet em alta velocidade. Oito mil campuseiros – nome dado aos participantes que acampam no próprio centro de eventos – praticamente se mudam, com seus computadores, para a arena do São Paulo Expo, uma área de 64 mil m² onde ocorre a edição desse ano, que começou na terça-feira. São mais de 700 horas de atividades entre oficinas, workshops, conferências, competições e palestras em dez palcos temáticos nas áreas de empreendedorismo, desenvolvimento, criatividade, jogos e simulação, makers, segurança e redes, redes sociais, software livre e ciência.
A reportagem da Tribuna e do programa Ciência e Tecnologia da Rádio CBN Juiz de Fora conversou com juiz-foranos que estão participando da edição brasileira do maior evento de inovação, entretenimento digital, ciência e cultura digital do mundo. Por meio de mensagens de áudio no WhatsApp, eles contaram sua impressões da feira que reúne nerds, geeks e curiosos. O estudante de comunicação social Allan Santana, de 20 anos, foi pela primeira vez a uma Campus Party. Ele trabalha como voluntário na área de imprensa do evento e se surpreendeu com a variedade de conteúdo na edição desse ano. Ouça: [soundcloud url=”https://api.soundcloud.com/tracks/189679440″ params=”color=ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false” width=”100%” height=”166″ iframe=”true” /] Essa oitava edição da Campus Party Brasil comemora os 150 anos da publicação da obra “Da terra à lua”, de Julio Verne. Por isso, a feira tem uma temática relacionada à galáxias, planetas, estrelas e cosmos. A publicitária Camila Coubelle, de 33 anos, também saiu de Juiz de Fora para participar do evento, pela quarta vez. Ela foi em busca de conhecimentos na área de comunicação digital e conta o que tem de diferente esse ano. Ouça: [soundcloud url=”https://api.soundcloud.com/tracks/189679705″ params=”color=ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false” width=”100%” height=”166″ iframe=”true” /] A edição de 2015 tem o empreendedorismo como bandeira. A Campus Party é considerada uma ótima oportunidade para as empresas de tecnologia recém-criadas, porque elas podem ser vistas por grandes companhias ou por investidores interessados em acelerar o crescimento das startups. O analista de sistemas Cleber Campos, de 32 anos, pela primeira vez em uma Campus Party, foi à convite de dois amigos que estão apresentando uma startup no evento. Ouça: [soundcloud url=”https://api.soundcloud.com/tracks/189679833″ params=”color=ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false” width=”100%” height=”166″ iframe=”true” /] A Campus Party foi criada na Espanha em 1997, e se tornou um ponto de encontro para os amantes da tecnologia e as mentes consideradas mais brilhantes da internet. Hoje o evento aproxima as tribos digitais das grandes empresas e comprova que a internet, muito mais que uma rede de computadores, é uma rede de pessoas. Desde o seu nascimento, a Campus Party encontrou um público tão entusiasmado que cresceu para outros países a partir de 2008. Desde então, Brasil, Inglaterra, Alemanha, Colômbia, México, Equador e El Salvador já tiveram suas edições. Aqui no Brasil, além de São Paulo, a capital pernambucana já recebeu três edições da Campus Party Recife.
Entre as principais atrações desse ano estão nomes como Chris Anderson, CEO da 3D Robotics, empresa líder em veículos aéreos sem tripulação; Paul Zaloom, artista performático e cineasta que ficou famoso nos anos 90, com o programa “O Mundo de Beakman”; e Miguel Nicolelis, neurocientista brasileiro que lidera o Projeto “Andar de novo”, que propõe um exoesqueleto controlado pela mente, com o objetivo de possibilitar que pessoas paraplégicas caminhem.