Juiz de Fora dá um passo para produzir biocombustível
Representantes de organizações públicas e privadas participaram da solenidade de assinatura do Memorando de Entendimento da Plataforma de Bioquerosene e Renováveis da Zona da Mata
No Dia Mundial do Meio Ambiente, que foi celebrado nesta terça-feira (5), Juiz de Fora deu uma contribuição importante para reduzir, no futuro, a emissão de gases tóxicos dos combustíveis fósseis. Através de uma parceria público-privada, com a participação das mais diferentes esferas, foi assinado um memorando de entendimento para que a cidade possa abrigar uma plataforma de biocombustível. A ideia é implementar uma tecnologia britânica para transformar material orgânico em diesel verde e bioquerosene. Esta matéria-prima poderá vir de diversas fontes, como do esgoto desviado do Rio Paraibuna para a estação de tratamento, até uma fração do lixo produzido no município e óleos vegetais extraídos de espécies nativas da Mata Atlântica. Como a Tribuna adiantou na edição publicada na terça, a ampliação do uso de combustível limpo é uma demanda do Acordo de Paris, que estabeleceu medidas para reduzir a emissão de dióxido de carbono em todo o planeta a partir de 2020.
Quem participou do evento na cidade foi o cônsul geral do Reino Unido no Brasil, Simon Wood. Segundo ele, a parceria estabelecida com o município, cidades da Zona da Mata e outros agentes públicos e privados é de grande importância para a viabilidade do projeto. “Está sendo criada condições para introduzir a tecnologia com o objetivo de otimizar setores como do transporte, que necessita reduzir as suas emissões de gases poluentes.” Além da assinatura, Simon participou, ao fim da manhã, de plantios de mudas de macaúba no Parque da Lajinha, uma palmeira do bioma da Mata Atlântica cuja extração do óleo resulta na produção do biocombustível.
O prefeito Antônio Almas (PSDB) também participou da solenidade e plantou uma espécie da palmeira. Para ele, abrigar uma plataforma de produção de biocombustível faz o município cumprir o papel destinado a ela. “Juiz de Fora deve ser um vetor de crescimento, não só para a cidade, mas toda a Zona da Mata. Este deve ser o nosso grande compromisso, porque o nosso crescimento só será sustentado se fizermos o entorno crescer junto. O lançamento da plataforma deixa a cidade preparada a atender a demanda que será gerada para esta nova matriz energética.”