PolĂcia Civil investiga denĂșncia de abuso sexual de menino dentro de escola
Secretaria de Educação informou que fez o acolhimento do aluno e, a pedido da famĂlia, transferiu a vĂtima para outra escola
Um estudante, de 7 anos, acompanhado por um responsĂĄvel legal, foi ouvido pela PolĂcia Civil, na manhĂŁ desta segunda-feira (4). O menino teria sido abusado sexualmente dentro do banheiro da escola, supostamente por um outro estudante. A 3ÂȘ Delegacia estĂĄ investigando o caso, que foi qualificado como estupro de vulnerĂĄvel. A ocorrĂȘncia veio Ă tona no Ășltimo dia 29, quando a famĂlia do garoto procurou a polĂcia para denunciar a violĂȘncia. O crime teria acontecido em uma escola da rede municipal, na Zona Norte da cidade. A instituição nĂŁo serĂĄ identificada, a fim de preservar a identidade da vĂtima, que Ă© menor de idade.
A Secretaria de Educação (SE) da Prefeitura de Juiz de Fora, que tambĂ©m jĂĄ acompanha o caso, informou que fez o acolhimento da vĂtima e, a pedido da famĂlia, transferiu o aluno que sofreu a violĂȘncia para outra escola. AlĂ©m disso, a SE assegurou que tomou todas as medidas cabĂveis em relação ao caso, acionando a rede de proteção que envolve o Centro de ReferĂȘncia Especializado de AssistĂȘncia Social (CREAS) e o Conselho Tutelar, que tambĂ©m acompanharĂŁo o caso.
Gravação no celular
De acordo com o delegado Ă frente do inquĂ©rito, Rodolfo Rolli, alĂ©m de ouvida, a criança foi encaminhada para exame de corpo de delito, para comprovação dos fatos apresentados. “O garoto contou que o abuso foi cometido por outro menino mais velho dentro da escola. Segundo a vĂtima, houve ocasiĂŁo em que o abuso foi cometido em um pasto nas proximidades do colĂ©gio e que o abusador teria gravado pelo celular algumas imagens da violĂȘncia sexual”, disse Rolli, acrescentando que outras pessoas envolvidas serĂŁo ouvidas nos prĂłximos dias, como representantes da direção escolar e do Conselho Tutelar.
Conforme o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) ao qual a Tribuna teve acesso, a mĂŁe do menino procurou a sede da companhia de PolĂcia Militar, juntamente com o filho. A mulher relatou que o menino, hĂĄ dias, vinha reclamando de coceira nas partes Ăntimas e que, achando que poderia ser um tipo de alergia, ela começou a passar uma pomada, a fim de acabar com o incĂŽmodo. Todavia, a criança teria lhe contado que tal coceira nĂŁo era na parte externa do corpo, mas sim no interior.
Segundo a mĂŁe, ela começou a questionar o filho, que acabou contando que havia um garoto na escola que o levava para o banheiro. De acordo com o menino, o garoto fechava a porta e mandava que a vĂtima retirasse a calça com a justificativa de verificar se tinha algum carrapato em seu “bumbum” e, em seguida, praticava o abuso. Conforme a mĂŁe, o filho ainda disse que o suposto abusador ameaçava a vĂtima de agressĂŁo, caso ela contasse o ocorrido para outras pessoas.
Como aponta o documento policial, a mĂŁe questionou o menino sobre quem seria o tal garoto abusador, mas a vĂtima sĂł soube dizer que ele era grande, forte, branco, que era da altura do pai dele e que conseguiria reconhecer o suspeito, pois o mesmo seria estudante da escola.
Diante das informaçÔes relatadas pelo filho, naquele dia, a mãe foi até a escola por volta das 21h, mas foi informada por uma funcionåria que a instituição só voltaria a funcionar normalmente no dia seguinte e que somente a direção escolar poderia tentar identificar o suposto autor dos fatos denunciados pelo filho.
ApĂłs a mĂŁe comunicar o fato Ă PolĂcia Militar, uma viatura foi encaminhada Ă escola, onde os militares fizeram contato com a diretora escolar, mas, como havia uma paralisação dos servidores da Prefeitura de Juiz de Fora, nĂŁo foi possĂvel fazer a identificação do suspeito.
Contudo, foram tomadas as providĂȘncias para que o caso fosse encaminhado para investigação da PolĂcia Civil. A PM tambĂ©m fez o acionamento do Conselho Tutelar para acompanhamento da ocorrĂȘncia. O menino tambĂ©m foi levado para o Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde passou por exames, que, naquele momento, constataram inconclusivos, nĂŁo sendo encontradas lesĂ”es, nem fluidos corporais.