Prédio interditado recebe obras de recuperação de estrutura

Serviço, que deverá ser realizado em duas semanas, foi iniciado após técnicos certificarem estabilidade


Por Tribuna

02/09/2020 às 10h28- Atualizada 02/09/2020 às 12h13

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Com canteiro de obras instalado, intervenções já começaram (Foto: Leticya Bernadete)

Ainda durante a noite de terça-feira (1º) foram iniciados os trabalhos de recuperação da estrutura do prédio interditado no Bairro Cruzeiro do Sul, na Zona Sul de Juiz de Fora. A previsão é que a intervenção começasse apenas nesta quarta-feira (2), mas avaliação da empresa responsável pela obra no edifício constatou estabilidade suficiente para o início das atividades. Os trabalhos deverão durar cerca de 15 dias, mas, antes disso, algumas casas próximas que foram interditadas por precaução deverão ser novamente liberadas.

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Juiz de Fora, Jefferson Rodrigues, os profissionais que atuam na reparação do prédio elaboraram rotas de fuga e observam atentamente o comportamento da estrutura fragilizada. “(Os funcionários) estabeleceram rota de fuga para caso tenha problema, deixaram uma pessoa olhando para saber se haveria algum tipo de movimentação e alertar todo mundo”, explica Rodrigues.

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Bombeiros retiraram automóveis da garagem do prédio esta manhã (Foto: Leticya Bernadete)

Simultaneamente, militares do Corpo de Bombeiros fazem a retirada de veículos ainda presentes na garagem do prédio, atividade importante para aliviar o peso sobre a estrutura interditada. Moradores que tiveram de deixar os 20 apartamentos do edifício também estão no local para, acompanhados dos militares, retirarem alguns pertences para permanecer em moradia alternativa durante o prazo da execução do serviço de recuperação.

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Famílias desalojadas increvem-se em cadastro da Defesa Civil (Foto: Leticya Bernadete)

A Defesa Civil, por sua vez, também atua junto às famílias desalojadas para realização do cadastro social com os afetados. Dos 20 apartamentos do prédio, 14 estavam ocupados, e as famílias precisaram deixar o local. Outros 25 imóveis das ruas Sarandira e Água Limpa, no Bairro Santa Luzia, que ficam nos fundos, também tiveram que ser interditados, sendo que 31 famílias desocuparam seus lares, preventivamente. No total, são 46 famílias desalojadas.

Habite-se foi concedido em 2002

A licença para o início da obra do prédio, segundo os registros da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), foi emitida em dezembro de 1993. Conforme a Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur), a concessão do Habite-se, documento que autoriza a residência nos imóveis juiz-foranos, ocorreu em março de 2002, após o término da construção do prédio.

Questionada se a fragilização da estrutura do edifício não expunha uma falha no processo de concessão do documento que regulariza o empreendimento, a Semaur afirmou que “na vistoria de aceitação da obra, a Prefeitura confere se o projeto arquitetônico foi executado conforme sua aprovação”. No entanto, de acordo com a secretaria, “não compete à Prefeitura entrar no mérito do projeto estrutural, pois existe um Responsável Técnico credenciado junto ao CREA (Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia) para isto. Este tipo de projeto, por força de lei, não é submetido a análise do município, por isso, o Habite-se foi emitido seguindo todas as exigências legais”, completa.

Trânsito

Desde o domingo, agentes de trânsito desviam o tráfego no sentido Centro-Cruzeiro do Sul na altura do número 5.144 da Avenida Barão do Rio Branco, para evitar o impacto do tráfego de veículos pesados na estrutura. A caminho do Cruzeiro do Sul, o trânsito está sendo desviado para a Rua Ibitiguaia, com acesso pela Rua das Flores, no Santa Luzia. Já sentido Centro, o tráfego está restrito a apenas uma faixa nas proximidades do edifício. O desvio é permanente e seguirá enquanto houver interdição da Defesa Civil no local, segundo a Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra).

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