Suspeito de tentar furtar fábrica é baleado por PM de folga
Um homem de 35 anos, suspeito de invadir uma fábrica de materiais cirúrgicos, foi baleado por um policial militar que estava de folga, 43, no final da tarde desta terça-feira (1), na região entre Benfica e o Bairro Distrito Industrial, Zona Norte de Juiz de Fora. O militar que, segundo a assessoria da 4ª Região da PM, é lotado na 6ª Companhia, em Leopoldina, afirmou ter agido em legítima defesa, porque o suspeito teria levado a mão à cintura, ao ser surpreendido no interior da empresa da família do policial. Quatro tiros de pistola 380 foram disparados, e o homem, alvejado no ombro, acabou preso em flagrante por tentativa de furto.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela PM, a primeira informação foi sobre uma vítima de disparos na Rua Martins Barbosa. Ao ser abordado pela polícia, o baleado alegou ter sido atingido quando transitava perto de uma fábrica abandonada. Ele foi socorrido pelo Samu e levado para o Hospital de Pronto Socorro (HPS), sendo constatada uma perfuração na região do ombro direito.
Em seguida, a PM iniciou rastreamento e foi abordada pelo próprio policial suspeito de atirar. Ele relatou que a fábrica de materiais cirúrgicos é de sua família e estaria sendo alvo de frequentes furtos. Naquela tarde, o militar seguiu até o local para conferir a quantidade de materiais furtados e, ao entrar no estabelecimento, teria encontrado o suspeito desmanchando um equipamento da empresa. Ainda conforme sua declaração, ao gritar para repreender o suposto ladrão, o mesmo teria levado a mão à cintura, e o policial atirou quatro vezes “para se defender de uma possível agressão”. Um provável comparsa teria conseguido escapar.
Diante da informação, a PM deu voz de prisão em flagrante ao suspeito de invadir a firma. Ele teve o flagrante confirmado por tentativa de furto qualificado na 1ª Delegacia Regional, e permaneceu sob escolta no HPS. Já o policial foi conduzido por lesão corporal e liberado. De acordo com a assessoria do 27º Batalhão da PM, como ele não estava de serviço, vai responder pelo crime na justiça comum. Mas a PM também deve instaurar um procedimento para apurar a conduta dele.