Justiça do Rio proíbe carreatas contra quarentena e impõe multa de R$ 50 mil
Juíza entendeu que a restrição de aglomerações é necessária para ajudar a conter a propagação do coronavírus
Uma liminar da Justiça do Rio proibiu a realização, na capital fluminense, de uma carreata que pediria o fim da quarentena no país. Uma multa de R$ 50 mil foi imposta aos organizadores do ato deste sábado (28), caso eles prossigam com a ideia de seguir da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, até o Palácio Guanabara, na Zona Sul, onde fica a sede do Governo estadual – os manifestantes bolsonaristas têm como foco o governador Wilson Witzel e suas medidas de restrição de circulação.
O pedido para a proibição da carreata foi feito pelo Ministério Público do Rio, que também obteve liminares em Angra dos Reis, Volta Redonda e Barra Mansa.
Nos municípios de Búzios, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Macaé e Teresópolis, houve uma recomendação para que os atos não fossem feitos, mas sem expedição de liminar pela Justiça.
A decisão sobre o caso da capital foi dada no plantão noturno desta sexta-feira (27).
Horas antes, manifestantes favoráveis à visão do presidente Jair Bolsonaro sobre o novo coronavírus tentaram fazer uma carreata que sairia da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A baixa adesão, contudo, frustrou as expectativas dos organizadores.
A juíza plantonista entendeu que a restrição de aglomerações é necessária para ajudar a conter a propagação do vírus, e que os eventos marcados para o fim de semana iriam de encontro com as medidas adotadas pelo Governo.