Secretário da Saúde responsabiliza Economia por falta de consenso sobre Pfizer

Elcio Franco também negou que havia “resistência” do Governo sobre a Coronavac, produzida pelo Butantan


Por Agência Estado

09/06/2021 às 21h33

O ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco afirmou, durante depoimento à CPI da Covid-19 nesta quarta-feira (9), que a falta de consenso sobre cláusulas apresentadas pela Pfizer para o fornecimento de vacinas partiu do Ministério da Economia.

Diante do pedido do vice-presidente da comissão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), para que fosse convocado à comissão o ministro da Economia, Paulo Guedes, Franco esclareceu que não tratou do assunto com o ministro, mas sim com auxiliares e técnicos da pasta.

Mais cedo, durante depoimento, Élcio havia afirmado que a falta de consenso se dava, em especial, sobre os dispositivos do contrato que tratavam de quem deveria partir a iniciativa uma vez que deveria ser convertida em lei, se do Executivo federal ou do Legislativo.

Franco disse também não ter conhecimento dos primeiros contatos da farmacêutica Pfizer com o Governo brasileiro para o fornecimento de vacinas contra a Covid-19. Segundo Randolfe, 90% – das 81 correspondências da farmacêutica ao Governo brasileiro enviadas desde 17 de março – não tiveram resposta.

Segundo Franco, seu primeiro contato com a empresa aconteceu em 6 de agosto. De acordo com documentos entregues pela farmacêutica ao colegiado, até essa data haviam sido encaminhados 25 e-mails para o Ministério da Saúde.

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