Os tipos de vinho

Por Marcelo Sepulveda

É comum ouvir a expressão: “é cor de vinho”! Essa associação tem muito a ver com o paradigma que ao pensar na cor vermelho profundo, automaticamente, ligamos aos vinhos tintos. Mesmo assim, seu vermelho pode variar do rubi ao quase alaranjado, passando pelos também conhecidos violáceos e granadas. O que será que essa diversidade de tons quer dizer? E essas tonalidades só aparecem nos tintos? Então quando me dizem “é cor de vinho”, eu logo pergunto: Que tipo?

Hoje faremos um breve resumo sobre os tipos de vinhos, suas cores, tonalidades, e o que isso pode ajudar na hora de escolher melhor o que levar para casa ou até mesmo em um restaurante quando nos deparamos com a famosa carta de vinhos. Nessa hora vem a questão: branco, rosé ou tinto?

Branco: os vinhos brancos são feitos normalmente de uvas brancas, pois nestes vinhos o que geralmente se busca é frescor, leveza e aromas delicados de frutas tropicais e florais. Podem ser apreciados mais gelados, entre 8 e 11 graus. É importante dizer que a cor clara deste vinho vem da polpa da uva, uma vez que as cascas são descartadas logo após o esmagamento e prensagem. Sendo assim é perfeitamente possível fazer vinhos brancos a partir de uvas tintas. Bons exemplos são espumantes brancos feitos da uva pinot noir (tinta). Vinhos brancos vão da coloração amarelo palha com reflexos esverdeados (que geralmente não tiveram passagem por barrica) até o amarelo ouro (mais elaborados e complexos, geralmente com passagem por barricas, buscando notas de frutas secas como nozes, damasco e mel).  Os vinhos brancos harmonizam bem com saladas com peito de peru defumado, queijos brancos, peixes, frango grelhados e massas.

Rosé: no Brasil a popularidade desses vinhos ainda está em construção, mas em muitos países europeus eles são verdadeiros queridinhos gastronômicos! Sua coloração pode ter tons que vão do rosa clarinho até os quase vermelhos. Essas tonalidades são oriundas do tipo de casta, mas sobretudo pelo tempo de contato do mosto (“pasta” de suco, resultante da prensagem das uvas) com as cascas no processo de maceração. Esse é o processo mais comum e utilizado em quase todos os lugares onde se produz vinhos rosés. Quando for procurar um vinho rosé, pense nos seguintes critérios: os mais escuros são mais aromáticos, mais encorpados e podem acompanhar refeições mais elaboradas. Já os mais claros são mais delicados, para aperitivos, mar, piscina, sem grandes preocupações.

Tinto: é sem medo de errar o mais consumido e apreciado no mundo. Sua cor vermelha traz em si um ar de romantismo, mistério e sedução. Para muitas pessoas, o vinho tinto é puramente vermelho ou “cor de vinho”, no entanto, os que tem um olhar mais analítico conseguem identificar nuances na coloração; isso porque nas cascas das uvas tintas contêm um componente químico chamado Antocianinas, responsáveis pela cor vermelha ligada à bebida. Cada tipo de uva pode oferecer mais ou menos dessa substância. Bons exemplos deste tipo são vinhos feitos da uva pinot noir, que geralmente apresenta um vermelho claro e translúcido, enquanto a uva cabernet sauvignon e malbec podem apresentar cor vermelha bem escura e fechada. Na harmonização, os tintos oferecem inúmeras opções que vão das tábuas de frios até a suculenta rabada, passando por pizzas, risotos, massas e até nosso queridinho churrasco.

No nosso próximo encontro falaremos dos vinhos com borbulhas, os famosos espumantes. E aqui cabe uma pergunta: Todos são Champagne?

Até a próxima, santé!

Marcelo Sepulveda

Marcelo Sepulveda

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