A MaxMilhas, que pediu recuperação judicial, foi acusada de supostamente cancelar passagens já emitidas, não informar aos clientes e continuar aceitando o dinheiro pago pelos consumidores.
Um desses incidentes envolveu um servidor público de 34 anos, residente em Belo Horizonte. Há cerca de cinco meses, o indivíduo adquiriu passagens para dois voos distintos: um de São Paulo para Foz do Iguaçu-PR, e outro do Paraná para Belo Horizonte.
O custo total dos dois voos foi de cerca de R$ 3 mil. Embora os bilhetes tivessem sido emitidos, o cliente ficou surpreso quando, no dia anterior à sua partida programada, em 21 de outubro, tentou recuperar seu cartão de embarque e se deparou com uma situação inesperada.
“A companhia área informou que a compra foi estornada dois dias após a minha compra. Ou seja, eles pegam seu dinheiro, compram a passagem e estornam o dinheiro para si mesmos. Continuei pagando, porque dividi (o valor) e eles não me informaram que a passagem foi estornada. Ou seja, eles vão receber”, disse o servidor, que pediu para não ser identificado.
O cliente procurou a Max Milhas e teve a seguinte resposta: “Me disseram que estou envolvido no processo judicial deles e vou receber somente nesse processo”.
Recuperação judicial da MaxMilhas
A Justiça de Minas Gerais acatou o pedido da MaxMilhas e deu entrada no processo de recuperação judicial da 123Milhas. As duas agências pertencem ao mesmo grupo empresarial e por isso foram afetadas pelo cancelamento da linha “promocional” 123Milhas e pela crise da empresa.
MaxMilhas e Lance Hotéis, outra empresa do grupo 123Milhas, entraram com pedido de recuperação judicial no dia 21 de setembro.