JĆ” pensou passar por uma estrada em Minas Gerais e dar de cara com um aviĆ£o?Ā HĆ” 10 anos, um empresĆ”rio mineiro apaixonado por aviaĆ§Ć£o se interessou pelo Ćŗltimo leilĆ£o de aeronaves da massa falida da empresa Ć”rea Vasp.
Em setembro de 2013, Tadeu Milbratz comprou um Vasp Boeing 737-200 e o colocou em ālocal remotoā na rodovia mineira, prĆ³ximo Ć Bahia.
“Fiquei sabendo do leilĆ£o da Vasp e falei: ‘Vamos comprar um Boeing deles’. EntĆ£o eu pedi pro Fernando, que era nosso piloto aqui, para resolver isso. ‘Vai atrĆ”s do leilĆ£o lĆ”’. Ele foi atĆ© em SĆ£o Paulo, pois tinha que ser presencial, e arrematou. Foi o melhor que tinha”, lembra Tadeu.
Hoje, diversas pessoas param por lĆ” para tirar fotos do āponto turĆsticoā que Minas Gerais adquiriu. Mas Ć© um longo caminho para chegar ao local, que fica a cerca de 8 quilĆ“metros do centro da cidade.
Transporte do aviĆ£o da Vasp envolveu 3 carretas
O aviĆ£o estava em Manaus e foi necessĆ”ria uma grande forƧa-tarefa para o transporte. Se fosse apenas por terra, ainda teriaĀ mais de 4.600 quilĆ“metros pela frente. O aviĆ£o foi entĆ£o desmontado e transportado por balsa atravĆ©s do rio Amazonas atĆ© BelĆ©m, antes de continuar por estrada atĆ© o nordeste de Minas Gerais.
Segundo o proprietĆ”rio do aviĆ£o, o arremate foi de um lote a cegas, onde ninguĆ©m sabia o que estava comprando. Ele disse que as asas do aviĆ£o foram serradas: “Era uma das que estavam em piores condiƧƵes. O custo que tiveram para fazer um serviƧo mal feito [de serragem] e tirar de dentro do aeroporto e levar para um galpĆ£o foi muito maior do que a gente gastou em todo o transporte do aviĆ£o de Manaus atĆ© Nanuque”, afirma.
Esse pode ter sido o maior transporte rodoviĆ”rio no Brasil de um aviĆ£o depois da balsa. Foram trĆŖs carretas envolvidas.