Depois de muita expectativa e especulação, Superman finalmente chegou às telonas, abrindo oficialmente o novo Universo DC sob o comando criativo de James Gunn. E o que se vê em cena é muito mais do que um reboot de um dos heróis mais icônicos do planeta: é uma reinvenção delicada, poderosa e necessária de um personagem que, há décadas, carrega nas costas o símbolo da esperança. Desta vez, porém, a esperança também vem acompanhada de sensibilidade — uma marca cada vez mais evidente no trabalho de Gunn.
Estrelado por David Corenswet, o novo filme do Homem de Aço apresenta um Clark Kent que já está estabelecido como herói, mas ainda tenta se equilibrar entre salvar o mundo e se conectar com ele. A história se passa alguns anos após a revelação pública de sua identidade como Superman. E apesar da fama e da força, ele ainda enfrenta dúvidas sobre como ser, de fato, o herói que a humanidade precisa — e o humano que ele deseja ser.
Entre os grandes trunfos do filme está a forma como Gunn aborda a empatia como um verdadeiro superpoder. Krypto, o cão inseparável de Clark, não é apenas um alívio cômico ou mascote animado: ele é um personagem com papel emocional real, representando a lealdade, o afeto e a conexão que muitas vezes são esquecidos em meio a explosões e batalhas épicas.
Outro destaque do filme é o elenco. Rachel Brosnahan entrega uma Lois Lane forte, determinada e muito mais do que o tradicional par romântico. Ela já conhece a identidade de Clark e os diálogos entre os dois oscilam entre química romântica e debates éticos — uma dinâmica que eleva o roteiro. Já Lex Luthor, vivido por Nicholas Hoult, traz uma abordagem afiada do vilão: ao mesmo tempo genial e egocêntrico, ele representa a face mais vaidosa e frágil da humanidade. É, sem dúvida, uma das melhores encarnações do personagem no cinema.
E se os números de bilheteria servem como termômetro, Superman está voando alto. A estreia já ultrapassou os US$ 100 milhões nos Estados Unidos, tornando-se a maior abertura para um filme solo do herói desde O Homem de Aço. Mundialmente, o longa caminha para um sucesso ainda maior, somando dezenas de milhões em mais de 70 países.
Então, se você ainda não conferiu esse recomeço nos cinemas, corre para a poltrona mais próxima. Porque esse Superman merece ser visto — e sentido.