A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgou, nesta quarta-feira (25), um número triste. No ano de 2022, foram registrados 376 casos de agressões a jornalistas e veículos de comunicação no Brasil. Ou seja, na prática, o país computou uma agressão por dia. Os dados integram o Relatório da Violência Contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2022. Segundo o levantamento, apesar de ainda em patamares inadmissíveis, os registros de agressão contra jornalistas caíram em relação a 2021. Naquele ano, foram computados 430 casos, marca recorde desde que a Fenaj passou a realizar o estudo.
Crescimento
A verdade é que não há o que se comemorar. Se os números totais caíram 12,5%, as agressões diretas a jornalistas cresceram em todo o país, com jornalistas sendo atacados cotidianamente. Presidente da Fenaj, Samira de Castro destacou ainda situações em que mais de um profissional foi agredido. Segundo o levantamento, houve crescimento de 133,33% nas ocorrências de relacionadas a ameaças, hostilizações ou intimidações; enquanto as agressões físicas aumentaram 88,46%, chegando 49 casos em 2022, ano que também ficou marcado pelo brutal assassinato do jornalista britânico Dom Phillips, morto em Atalaia do Norte, no Amazonas, ao lado do indigenista Bruno Pereira.
