Antecipação de convenção é pano de fundo para tirar Aécio

Por Paulo Cesar Magella

Cenário indefinido

A antecipação da convenção do PSDB para o fim do ano, como defende até o presidente em exercício, Tasso Jereissatti, não deverá afetar os diretórios estaduais e municipais por conta do mandato que está em curso e não completou, sequer, um ano. O pano de fundo é a substituição do senador Aécio Neves, mas o parlamentar mineiro não irá entregar de graça o comando da legenda a despeito de todo o desgaste que enfrenta. O entendimento é de que o prefeito de São Paulo, João Doria, principal defensor da mudança, queimou etapas e feriu o ritual da preferência. Mesmo comandando a maior cidade da América do Sul e em plena campanha para ser candidato a presidente da República, ele é cristão novo no ninho tucano.

Suplentes

Se a reforma eleitoral tirar a figura do suplente de senador, alguns cenários mudarão ostensivamente nos estados. A razão está no financiamento. Até então, os suplentes são, em boa parte, os principais financiadores de campanha, ante a expectativa de, em algum dia, assumirem o mandato, mesmo que temporariamente. Sem esse apelo, poucos vão se aventurar em investir em projetos políticos em que não sejam titulares. Em Minas, o senador Zezé Perrella é suplente, mas assumiu ainda no início da legislatura com a morte do titular Itamar Franco.

Nos bastidores

Embora esteja com a popularidade na altura do rodapé, o presidente Michel Temer, pelo que foi visto em eventos privados, tem sido assediado para fotos e selfies. Na cerimônia em que tornou os supermercados serviço essencial, vários empresários fizeram questão de posar ao seu lado para fotos. O próprio Temer estava descontraído, o que mudou a relação com a plateia. Brincou com os aplausos, mas tratou de temas sérios como a reforma da Previdência e a reforma tributária. O presidente não está preocupado com a impopularidade e está convencido de que a história lhe fará justiça.

Farmácia Popular

A possibilidade de fechamento das unidades próprias do programa Farmácia Popular, subsidiado pelo Governo federal, é alvo de preocupação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Por conta disto, a Comissão de Saúde da Casa aprovou requerimento que irá debater a questão. As discussões podem acontecer a pedido do proponente, o deputado Fred Costa (PEN). O parlamentar solicita que a reunião seja realizada em Barbacena, em conjunto com a Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização. O deputado critica o fato de, até aqui, não terem sido definidas regras de transição para o fim do programa, gerando preocupações sobretudo para os idosos, maioria entre os beneficiários do projeto.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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