Fim do impasse

Por Júlia Pessôa

Depois de meses com a pauta travada, a Assembleia deverá voltar ao período de votações, com previsões de fechar o exercício de 2014 na quinta-feira. Tudo só foi possível depois de o presidente Dinis Pinheiro chamar todas as partes envolvidas, inclusive o Ministério Público, para uma conversa franca sobre os temas que estavam emperrando as votações. Foi definida uma pauta mínima, que inclui projetos como o que trata da votação do ICMS sobre o etanol, de autoria do governador Alberto Pinto Coelho. A oposição – situação a partir do ano que vem – aceitou sob a condição de serem retiradas emendas consideradas gatilhos para a gestão Pimentel, pois concediam benefícios fiscais a diversos setores. A equipe do governador eleito, Fernando Pimentel, argumenta que as alterações poderiam criar dificuldades financeiras para a próxima gestão. Também deve ser retirada da pauta a proposta que aumentava o número de coronéis da Polícia Militar sob argumento semelhante.

Diplomação

Com o clima menos tenso, será feita no dia 19 a diplomação dos eleitos para o Congresso, a Assembleia e para o Governo, em evento, às 17h, no Palácio das Artes, mas a grande indagação envolve o primeiro escalão da futura administração. Fernando Pimentel, salvo a Secretaria de Defesa Social, não anunciou nenhum titular das demais secretarias ou órgãos de estado faltando menos de duas semanas para a posse. O argumento é de que ele faça o anúncio em bloco ainda esta semana. Já com a Assembleia votando projetos de seu interesse, ele pode se voltar para a composição da equipe.

Júlia Pessôa

Júlia Pessôa

Jornalista, mestra em Redes, Estéticas e Tecnoculturas, especialista em Gênero e Sexalidades, e doutoranda em Ciências Sociais, tendo como casa a UFJF. Realizou estágio doutoral na Universidade de Aveiro, Portugal, onde ainda integra o grupo de pesquisa Género e Performance (GECE). Foi repórter da Tribuna de Minas por mais de dez anos, passando por todas as editorias do jornal, especializando-se ao longo do tempo, em coberturas de direitos humanos, gênero, cultura e gastronomia. É professora universitária, pesquisadora, feminista e, acima de tudo, curiosa. Retorna à Tribuna como coordenadora editorial da redação.

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