O PSDB vai para sua convenção municipal na segunda-feira sem saber ao certo quem será o novo presidente do diretório local. Há pretendentes, como o conselheiro municipal Laurindo Rodrigues, mas o martelo só será batido depois das muitas conversas que estão em curso, envolvendo pelo menos dois grupos políticos abrigados pela legenda: um liderado pelo deputado Marcus Pestana e outro, ainda sob forte influência do vereador Rodrigo Mattos e do ex-prefeito Custódio Mattos. Uma das propostas na mesa é a renúncia coletiva de toda a Executiva para recomposição da legenda, mas essa ideia sofre resistência do segmento que acha que o partido está no rumo certo, sem os desgastes que perpassam a cena nacional. A presidência seria preenchida apenas por uma questão de vacância e não por problemas com a atual direção.
Dano colateral
O que se avalia também são as consequências de um possível embate entre os grupos. Para alguns tucanos, ele seria um problema para o partido em geral, por conta das eleições de outubro. É fundamental pensar no pleito e até mesmo nas eleições de 2020, para buscar a hegemonia no Legislativo municipal. Com brigas internas, perdem todos. O partido, ainda de acordo com esses personagens, não pode replicar em Juiz de Fora a divisão que, em alguns momentos, colocou o senador Aécio Neves de um lado e dirigentes nacionais do partido, como o senador Tasso Jereissati de outro. O momento seria de unidade. Depois das eleições, em havendo margem, abre-se o debate interno.
Pré-candidatos
A lista de pré-candidatos a deputado estadual pode ganhar um novo participante. Filho do ex-prefeito Alberto Bejani, o jovem Bejani Júnior, conhecido como Bejaninho, assinou, dentro do prazo, sua ficha de filiação ao PRB. Oficialmente não há nada decidido, pois as convenções partidárias só vão ocorrer a partir do mês que vem, e resta ainda o aval do deputado Lafayette Andrada, que tem controle da legenda em Juiz de Fora. Aliás, ele nomeou o advogado José Ferreira, seu braço direito, para dirigir o partido na cidade. Como resultado, quase 70 novos filiados foram inscritos antes do encerramento do prazo legal. São lideranças comunitárias e até do setor médico.
Ocupando espaços
Os Andradas vivem um momento especial na política mineira. O deputado Lafayette Andrada, que migrou para o PRB, vai disputar uma cadeira na Câmara Federal, ocupando a vaga do pai, Bonifácio Andrada, que se aposenta ao final da atual legislatura depois de décadas no Congresso Nacional. Seu irmão, Toninho, que já foi deputado estadual, conselheiro do Tribunal de Contas de Minas e prefeito de Barbacena, vai tentar voltar para a Assembleia Legislativa pelo Democratas. Mas, agora, há um novo personagem. O jovem Dorgal Andrada, sobrinho de Lafayette e de Toninho, também entrou no páreo e vai disputar para deputado estadual pelo PEN.