Para se consolidar, PAS/JF precisa de uma receita de R$7,7 milhões, diz Grupo de Trabalho

Grupo de Trabalho apresenta propostas para resolver as dificuldades do PAS/JF

Por Paulo Cesar Magella

O Grupo de Trabalho, constituído para acompanhar as questões referentes ao Plano de Assistência à Saúde – PAS/JF, já encaminhou aos organismos oficiais, a começar pela Câmara Municipal, o relatório no qual traça a situação do PAS e aponta sugestões para estabilização. O documento aborda as razões de o plano estar com problemas, após acumular déficits decorrentes de diversos fatores como ausência de uma política contínua de reajustes das mensalidades. Em um dos trechos, o GT enfatiza que “no formato atual, considerando as cotas, a despesa assistencial consolidada situa-se entre R$ 4,5 milhões e R$ 4,6 milhões mensais. O valor de R$ 7,7 milhões representa uma projeção técnica preliminar das necessidades financeiras do PAS/JF para alcançar o equilíbrio econômico-operacional do plano.”

Benefícios da autogestão:

  •  Reinveste todos os recursos na própria assistência, não tem fins lucrativos e é administrado por um conselho de gestão
  • Custo mais eficiente, com menos burocracia e intermediação, podendo resultar em mensalidades mais baixas
  •  Flexibilidade para adaptar coberturas as necessidades coletivas de um grupo
  • Agilidade administrativa, como processos de autorização e reembolso geralmente mais rápidos
  • Controle direto: os participantes têm maior influência nas decisões operacionais
  • Foco na prevenção: maior investimento em programas de saúde preventiva
  • Transparência: Maior visibilidade sobre aplicação dos recursos.

A ausência de regulação e suas implicações

  • Não disponha de mecanismos regulatórios protetivos previstos para planos
    privados, como regras de contratualização, critérios técnicos de reajuste,
    pisos assistenciais e normas de solvência.
  • Não possui respaldo normativo padronizado para limites, prazos e
    parâmetros técnicos, fazendo com que disputas contratuais dependam
    exclusivamente da capacidade negocial e financeira do Município.
  • Não seja beneficiário de regulação sobre reajustes de procedimentos, ficando
    vulnerável a variações abruptas impostas por prestadores.
  • Não possa recorrer aos instrumentos de mediação técnica disponibilizados
    pela ANS, utilizados amplamente por operadoras privadas.
  •  Atue em cenário de maior vulnerabilidade em mercados com alta
    concentração hospitalar e poucos grupos controlando a oferta assistencial.

O texto faz diversas outras avaliações sobre o PAS/JF, pois, como destaca o Grupo de Trabalho, o relatório constitui uma base inicial “para aprofundamento, reflexão e construção conjunta das soluções que garantam a sustentabilidade do PAS.”

 

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista. Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins.E-mail: [email protected] [email protected]

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