No início de 2024, Belo Horizonte registrou 506 casos de arrombamento a residências, com uma média de cerca de 16,32 ocorrências por dia. Na região metropolitana, excluindo a capital, foram contabilizados 888 furtos em residências no mesmo período.
Esses números são atribuídos, em parte, à atuação de quadrilhas especializadas em invadir condomínios. Esses criminosos empregam disfarces e estratégias sofisticadas para burlar sistemas de segurança e invadir casas que os moradores acreditavam estar protegidas.
Estratégias das quadrilhas
Uma das principais estratégias adotadas pelas quadrilhas é se passar por agentes públicos. Outra tática frequente é enganar os porteiros, se passando por moradores ou visitantes. Para isso, frequentemente utilizam jovens com boa aparência, facilitando a realização de arrastões nas unidades.
Entre os itens furtados estão joias, eletrônicos e outros objetos valiosos. Além disso, a crescente exploração de falhas nos sistemas de controle de acesso e a falta de treinamento adequado de porteiros e seguranças agravam ainda mais o aumento desses crimes.
Como melhorar a segurança?
Para enfrentar esse tipo de crime, especialistas indicam:
- Estratégia de segurança integrada: Combinação de treinamento adequado para funcionários e investimentos em tecnologia de segurança. Protocolo de segurança com diferentes níveis de emergência, ações específicas para cada ameaça e responsabilidades claras para cada setor e colaborador.
- Elementos-chave de um protocolo eficaz: Controle de acesso, monitoramento contínuo e comunicação de incidentes. Treinamento constante dos profissionais para garantir respostas adequadas em situações de risco.
- Itens essenciais para segurança por faixa de investimento: Básico: Câmeras de segurança, iluminação interna e perimetral, cercas e concertinas, e treinamento contínuo para funcionários. Maior investimento: Sistemas de reconhecimento facial, detectores de metal e portarias com blindagem. Alto investimento: Drones para monitoramento perimetral, vigilância armada 24 horas e sistemas de comunicação emergencial entre moradores e segurança.
Essas medidas visam melhorar a segurança nos condomínios, dificultando a ação das quadrilhas e oferecendo uma resposta mais eficiente em situações de risco.