Auxílio emergencial

Por Walmoe Parente (interino)

Encerrado o pagamento do Auxílio Emergencial, não há indicativo, por parte do governo Bolsonaro, para a prorrogação do benefício que tirou 13,1 milhões da pobreza, conforme estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi paga ontem a última parcela a 3,2 milhões de trabalhadores nascidos em dezembro. Em 2021, serão realizados apenas os pagamentos resultantes de processos de contestações (administrativas e extrajudiciais) e de decisões judiciais.

Calamidade

Além do fim do auxílio emergencial, bancado pelo chamado “orçamento de guerra”, termina amanhã o estado de calamidade pública, instituído no início da pandemia. Também, por ora, não será prorrogado, apesar do recrudescimento da pandemia e da alta do desemprego.

Ofício

Projetos de parlamentares que pedem a prorrogação do auxílio e do estado de calamidade – por seis meses – sequer foram discutidos. Governadores do Nordeste também enviaram ofício com pedido de extensão ao presidente Bolsonaro, ministros e aos presidentes da Câmara e do Senado, mas não tiveram resposta.

Conta

O gasto com as medidas de combate à pandemia do Covid-19 superou os R$ 599 bilhões. O auxílio emergencial, segundo dados do Ministério da Economia, consumiu R$ 321 bilhões. A eventual criação de um novo programa social esbarra na falta de uma fonte de receita para pagá-lo em 2021.

Aceno

As manifestações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) – de crítica à fala de Bolsonaro sobre a tortura -, soaram como mais um aceno para a adesão da bancada do PT à candidatura do emedebista.

Ironia

Bolsonaro ironizou a tortura sofrida pela ex-presidente Dilma Rousseff durante a Ditadura Militar (1964-1985). Maia disse que o presidente não possui “dimensão humana”. Baleia Rossi usou o mesmo tom de solidariedade. Ambos votaram pelo impeachment da petista há quatro anos.

Racha

Apesar dos acenos de Maia e Rossi, a bancada petista – a maior da Câmara – segue rachada. Os deputados se reuniram nos últimos dias, mas não chegaram a um consenso. O anúncio de apoio a Rossi ou de candidatura própria ficou para janeiro.

Fichas sujas

Antes de o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, paralisar um pedido relacionado à Lei da Ficha Limpa, pelo menos quatro candidatos a prefeito e um a vereador haviam entrado com pedido de diplomação com base em liminar do ministro do STF, Kassio Nunes Marques.

Alcance

Na decisão, Barroso entendeu que há necessidade de uma definição, por parte do STF, sobre o sentido e o alcance do dispositivo da Lei da Ficha Limpa flexibilizada pelo ministro Nunes Marques. Apontou ainda que “aspectos específicos de cada caso concreto precisam ser levados em conta”.

Operações

Sobre a explosão de casos de Covid-19 entre servidores da Polícia Federal, o presidente da Federação que representa a categoria, Luís Antônio Boudens, afirma que parte desse resultado se deve ao aumento no número de operações policiais não-prioritárias ou realizadas de forma sequenciada, sem a atenção aos cuidados necessários.

Resiliência

As vendas do Natal de 2020 caíram 12% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). A entidade avalia que, apesar de negativo, o resultado mostra resiliência do setor, que vem revertendo perdas que chegaram a 90% por conta da pandemia.

Fila

Depois de receber representantes da Fiocruz e do Butantã, hoje a Anvisa terá reuniões com a AstraZeneca e a Pfizer. Todos os laboratórios têm pesquisa de vacina Covid-19 no Brasil. A farmacêutica americana Pfizer já avisou que não irá submeter a sua vacina para o uso emergencial e criticou exigências da Agência.

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