A queda da popularidade do presidente Jair Bolsonaro e os protestos pró-impeachment realizados no fim de semana em 21 capitais e no Distrito Federal colocaram o Planalto em estado de alerta. O presidente mantém o discurso de que não está preocupado com popularidade nem pesquisa, mas assessores e ministros próximos temem que os indicadores de reprovação sigam em alta. A recente pesquisa Datafolha mostrou que 40% dos entrevistados classificaram o governo como ruim ou péssimo. O índice era de 32% no último levantamento, entre 8 e 10 de dezembro.
Auxílio
Os auxiliares de Bolsonaro apontam o fim do auxílio emergencial como um do principais motivos para a queda na popularidade. Por isso, a prorrogação do benefício ganhou força no governo nos últimos dias, mas esbarra no Ministério da Economia e na falta de espaço no orçamento.
Adesão
No Planalto, a avaliação é de que a adesão aos protestos pró-impeachment está baixa e, por ora, não preocupam. Mas o governo vai manter o monitoramento para medir a aumento ou arrefecimento do clima das ruas.
Mais um
Sindicatos pretendem convocar novos protestos para 1º de fevereiro, dia das eleições na Câmara e no Senado. Amanhã, os partidos Rede, PSB, PT, PCdoB, PDT e Psol protocolam mais um pedido de impedimento de Bolsonaro. Desde o início de seu mandato, 61 foram protocolados na Câmara.
CCJ
Depois de derrotar a cúpula do partido e garantir o apoio ao candidato do Planalto, Arthur Lira (PP-AL), a ala bolsonarista do PSL quer se manter no comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Câmara.
Atribuição
O colegiado é presidido atualmente pelo deputado Felipe Francischini (PSL-PR). Uma das atribuições da CCJ é decidir sobre o seguimento ou arquivamento de eventuais processos de impeachment contra Bolsonaro.
CPI
Em meio as articulações com o Planalto para eleger Arthur Lira (PP-AL) na Câmara, o centrão atua para barrar o pedido de CPI que visa investigar a conduta do governo federal na pandemia e apurar responsabilidades pela falta de oxigênio no Amazonas.
Foco
Líderes do bloco de Lira – que soma mais de 260 deputados – alegam que a CPI do Coronavírus desviaria o foco do Congresso. A Rede Sustentabilidade e o PSB começaram, na última semana, a coletar assinaturas para criar a comissão. Para ser instalada, a CPI precisa ter o apoio de pelo menos um terço da Câmara, 171 deputados.
Calamidade
Chegou aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a carta do Comitê Nacional de Secretários da Fazenda (Comsefaz) na qual pedem a prorrogação da calamidade pública e do auxílio emergencial.
Colapso
Os secretários frisam que o número de infectados voltou a crescer exponencialmente com a segunda onda e há risco de se repetir em outros estados o cenário de colapso sanitário que Manaus (AM) atravessa. Pedem também a suspensão do pagamento de precatórios e apoio às empresas, principalmente às pequenas e médias.
Voto aberto
A uma semana das eleições no Congresso, deputados e senadores tentam derrubar a votação secreta. Na Câmara, projeto de resolução neste sentido será apresentado pelo Psol. E no Senado, já tramita o projeto (PRS 53/2018), do senador Lasier Martins (Podemos-RS), para acabar com o sigilo na escolha do chefe do Legislativo.
Atendimento
A entidade Pró-Vida está concluindo a construção de um Centro de Atendimento à Mulher na cidade Estrutural, em Brasília.
ESPLANADEIRA
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