Fala Quem Sabe
Medo nos tempos do coronavírus
É hora de união, de aprendizado das nossas reações, das novas lições de saúde coletiva, e de cuidarmos uns dos outros, da saúde física e emocional.
A pandemia de SARS – CoV2, o Covid-19, esse novo tipo do coronavírus, pelo risco do contágio e da morte dos nossos afetos, tem abalado a saúde de todos nós. Há uma epidemia de ansiedade – MEDO, pela incerteza quanto ao futuro. Todas as modificações feitas em nossas vidas, nos nossos hábitos, a dor e a inquietação da incerteza, valerão? Haveria algo mais a ser feito? Não há como ficar ileso. As respostas surgem sob forma de estresse, ansiedade, pânico e medo! Como defesa, podemos responder minimizando o fato, buscando conforto emocional através do excesso de comida, de bebida, de internet, ou apresentando somatizações: sensações de dores e sintomas físicos, decorrentes de alterações emocionais, e reações depressivas, o que gera um círculo vicioso. O que fazer? Além de prestar cuidadosa atenção aos fatores de risco e à prevenção, devemos monitorar os pensamentos negativos que agravam a ansiedade e o medo, em retroalimentação de ansiedade gerando mais ansiedade e medo. Estamos já em permanente estado de alerta, o que gera numerosas alterações orgânicas como a elevação do cortisol, da adrenalina e de outros hormônios de defesa do organismo, nocivos quando produzidos e liberados para a circulação em excesso. E nossos irmãos desfavorecidos financeiramente, o que fazer por eles? Haverá alguma chance de retirá-los dos aglomerados? Não. Adoecerão. Terão chance de tratamento?
Dificilmente. Haverá carência de leitos e de insumos para tratar de todos: pobres ou ricos. É, pois, imprescindível reduzir o contágio com o distanciamento social. Podemos aprender com os países que o fizeram e foram bem sucedidos. Ou podemos achar que isso é invencionice e aguardar o resultado.
(Elimar Jacob Salzer Rodrigues é psiquiatra, professora da UFJF e leitora convidada)
Jantar com as amigas
Com habitual elegância, Eduardo Brigolini recebeu (antes da quarentena) um grupo de amigas para requintada noite, no edifício “Lasar Segal”.
