Desde o anúncio oficial, tive um enorme desejo de participar daquele que seria, para o privilégio de minha geração e em nossa terra, o “maior evento do planeta”, “os jogos maravilhosos da Cidade Maravilhosa”, a Rio-2016.
No exercício do voluntariado em Juiz de Fora e há mais de 15 anos, com os talentos herdados da família e do Exército, procurei colocar-me disponível para integrar a força de trabalho do evento. Depois de cadastrar-me, com todos os dados solicitados de meu perfil pessoal e profissional, passaria por um processo de seleção, de modo a me capacitar, da melhor forma possível, para os trabalhos. Passadas todas as etapas, com dinâmica ‘online’, testes de idiomas e entrevista presencial, fui designado para as operações de imprensa no Centro Olímpico de Hipismo, na Arena Deodoro.
A execução dessa interessante tarefa levou-nos, nos deslocamentos diários e nas horas do maior trânsito, a um contato permanente com o povo, os turistas e com meus companheiros voluntários. Ao longo desses dias, extremamente gratificantes, desenvolvi as mais diferentes tarefas no atendimento a imprensa – contato e acompanhamento de jornalistas e fotógrafos do mundo inteiro, nas salas de imprensa, na tribuna, nas pistas das provas e na zona mista, onde os competidores encontram-se com os repórteres.
Naqueles dias memoráveis, relembrei meus tempos de assessor de imprensa do Comando do Exército, em Brasília, voltando a praticar o binômio de “máxima transparência e mínimo de atraso”. Tendo como chefe uma profissional da Alemanha, trabalhamos, diariamente, com voluntários de diferentes partes do Brasil, Chile, EUA, Rússia, Inglaterra, Franca, Lituânia e Índia.
E como grandes ensinamentos e considerações sobre mais essa missão voluntária, destacamos a importância e o valor de nossa gente! O espírito do carioca que tão bem emoldurou o evento ao lado da incomparável beleza natural do Rio de Janeiro.
José Mauro Cupertino – general reformado e leitor convidado