Fala Quem Sabe: Por mais diálogo
Tempos de pandemia, de crise, de pensar e repensar conceitos e atitudes. Tempo de questionamentos de vida e aprendizado constante. Podemos até questionar as regras e leis, mas elas são feitas para serem cumpridas! Entendo, respeito e aprovo o isolamento. Realmente é a única opção nesse momento, mas não é a cura e sim a forma de dar tempo para nos organizarmos melhor, cidadãos e órgãos públicos. Assim devemos seguir e agir para sermos coerentes com as reivindicações que fazemos. Setenta dias já se passaram e…
Desde sempre ao longo dos 36 anos de história de sucesso e gratidão nos meus salões, de vida e educação que tive dos meus pais, me pauto pela correção de comportamento, de lisura de conduta e profissionalismo em tudo que me proponho a realizar e assim deve ser. Nos vemos agora, (nós profissionais da área da beleza), impedidos de exercer nossa profissão por estarmos incluídos dentro do que chamam “procedimentos de alto risco” determinado pelos órgãos públicos. Não “somos serviços essenciais”. Fica a pergunta: – a auto estima não afeta saúde, a imunidade e tudo mais? Como outros segmentos que já estão liberados são menos perigosos do que o nosso que temos a possibilidade de um ambiente controlado e consciência dos procedimentos seguros a serem feitos. Bares (apenas como exemplo), são ambientes seguros? Não têm aglomerações? Qual o controle que se tem quando pessoas se alteram pela ingestão de bebidas alcoólicas? Falo por nossa categoria e cada um sabe “onde o calo aperta”. Ainda que estejamos dentro de um decreto estadual, sabemos da autonomia que os municípios têm para ajustar de acordo com cada situação específica. Assim foi feito no setor hoteleiro, desta forma poderiam reavaliar também nossa situação. Não poderia deixar de dizer que nós brasileiros somos muito solidários, um grande país, mas da mesma forma muito indisciplinados e sem um senso de coletividade na aplicação de regras e regulamentos que existem para igualar direitos e deveres, isso faz toda diferença quando almejamos ser uma nação melhor e mais justa.
Que o poder público e nós, população, possamos nos entender através do diálogo democrático e, juntos, termos uma solução adequada a tudo e todos. Podemos assim ter e ser um mundo melhor, um país do presente e não do futuro e uma grande nação que tanto almejamos.
Força, foco e fé sempre!
(André Pavam é cabeleireiro e leitor convidado)