Fala Quem Sabe
Da China para o mundo
No dia 31 de dezembro de 2019, as autoridades sanitárias chinesas comunicaram uma série de casos de pneumonia na cidade de Wuhan, na província de Hubei. Era o início da mais recente epidemia que, rapidamente, se alastrou pela China e que já se espalhou para vários países.
Essa doença foi associada a um coronavírus que, em 11 de fevereiro de 2020, foi denominado SARS-CoV-2, sendo que a doença, causada por esse vírus, passou a ser denominada Covid-19.
A apresentação clínica da Covid-19 é a de uma virose respiratória aguda febril, extremamente semelhante à uma gripe. No entanto, a denominação “gripe por coronavírus” não deve ser empregada, pois a gripe é causada por uma outra espécie de vírus, o influenza.
Os sintomas presentes na Covid-19, em intensidade variável, são: coriza, congestão nasal, espirros, tosse, catarro, falta de ar e febre. Os quadros podem variar desde uma forma assintomática, ou com tosse discreta, até um quadro com pneumonia grave e insuficiência respiratória aguda, que pode levar ao óbito. A maioria dos casos não evolui para a forma grave. Os últimos dados apontam em torno de 60.000 casos diagnosticados na China com aproximadamente 1.400 mortes, o que corresponde a 2,3% do total de casos.
A transmissão entre humanos se dá por gotículas respiratórias inaladas ou, mais comumente, através de contato das mãos com superfícies contaminadas com o SARS-CoV-2 e posterior contato com olhos, nariz e/ou boca. A prevenção, portanto, é a mesma de outras doenças, como a gripe e o sarampo, que possuem mecanismo de transmissão semelhante, ou seja, isolar os doentes, se possível, e higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool gel.
Há previsão de produção de uma a vacina contra o SARS-CoV-2 para meados de 2021.
(Júlio Abreu é médico pneumologista e leitor convidado)
Os dados foram atualizados na sexta-feira, 14/02