Fala Quem Sabe: Prenchedores, volumizadores no combate ao envelhecimento facial
O sentimento de se tornar mais belo e rejuvenescido leva os indivíduos a recorrerem, a qualquer custo, a produtos perigosos para a saúde do corpo e a procurarem profissionais pouco capacitados a realizar procedimentos minimamente invasivos.
Atualmente existe um número expressivo de preenchedores dérmicos injetáveis para ampliação dos tecidos moles, sejam eles temporários ou definitivos, que tem como objetivo retardar o envelhecimento e melhorar a aparência e o contorno corporal.
Preenchedores à base de ácido hialurônico, ácidopoliláctico (APL), hidroxiapatita de cálcio e colágeno podem ser utilizados. Além desses, os enxertos de gordura autóloga, também são uma opção para preencher sulcos da face. Tudo isso é fruto de pesquisas científicas longas e continuadas, o que acarreta preços mais elevados a esses materiais e procedimentos.
O silicone líquido começou a ser utilizado na década de 1950 e, várias preparações foram amplamente utilizadas até que seu uso foi suspenso, devido aos efeitos tóxicos, as reações de corpo estranho e a migração pelo organismo. Apesar de serem contra indicados no arsenal terapêutico, muitos indivíduos recorrem ao uso desses materiais, por terem custo baixo, serem facilmente adquiridos sem nenhuma restrição ou vigilância.
A nossa intenção é esclarecer quanto aos riscos imediatos e tardios do uso de produtos inadequados por profissionais inexperientes e inabilitados a realizar os procedimentos.
Procure se informar quanto ao material a ser utilizado e pesquise também a formação profissional do médico escolhido.
(Marilho Tadeu Dornelas é professor da UFJF, cirurgião plástico e leitor convidado)