Fala Quem Sabe

Por Cesar Romero

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A importância do brincar

Dentro do contexto familiar, quais são as alternativas que os pais oferecem às crianças como recreação? Pode ser correr, jogar bola, ir à piscina, à praia ou jogar videogame. O que os pais devem ter em mente, é a necessidade de ter espaços de circulação, o corpo do adulto é muito mais quieto do que o corpo da criança.

Se uma criança está mergulhada no universo dos adultos ela vive ali os copiando, mesmo que de forma precária, porque ela só convive com adultos. Quando ela tem outras crianças para brincar, ela reconhece que existem seres do mesmo tamanho e funcionamento e faz muito bem saber que temos alguns parceirinhos da mesma idade. O brincar é isso. Às vezes os adultos querem brincar também, mas não é a mesma coisa, os universos são diferentes.

Uma das maiores dificuldades em relação à escola online para as crianças envolve o tablet, smartphone, ou notebook. Esses aparelhos eram os brinquedos em que elas se divertiam, faziam qualquer coisa sem nenhum compromisso e a escola não tinha nada a ver com isso. O que acontece é que agora vivemos uma nova era, em que as crianças estão descobrindo que esses aparelhinhos não são apenas para brincar, mas servem também para estudar e trabalhar.

Não existe receita de bolo. O que podemos fazer é alertar as famílias e aos pais que não se esqueçam que crianças são crianças, não adultos em miniatura. Elas precisam brincar para elaborar toda uma vida, as experiências que estão vivendo, a formação da cultura e gastar as energias. Então, quanto mais atividades lúdicas elas tiverem, mais tranquilas e participativas serão.

É importante lembrar que as escolhas dessas atividades só acontecerão a partir do referencial da família. Não adianta dizer: tem que fazer isso ou aquilo, a família e o nível de condições sociais e econômicas delimitam o modo de brincar.

(Valeria Wanda Fonseca é professora e supervisora de Psicologia da Estácio, doutora em Teoria Psicanalítica e leitora convidada)

Cesar Romero

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