“Olhos pousados nos olhos de minha filha recém-nascida, descobri que minhas atitudes é que seriam a contribuição que daria à Justiça, sonho que me levara a me formar em Direito. Eis que a partir daquele momento, elegera para mim o papel de protagonista da vida: mãe em tempo integral! Eu é quem deveria estar ao lado dela, oferecendo-lhe o cuidado indispensável, pronta a ajudá-la na busca do aperfeiçoamento integral, iluminando-lhe a alma eterna, marcando-a de esperança por meio do meu amor e minha renúncia. Eis meu grande aprendizado: o amor ao filho não pode prescindir da renúncia! Pois, sem esta o amor torna-se egoísta, dominador, sufocante, fazendo do sentimento de posse a marca identificada pelo poeta como “padecer no paraíso!” Ah! Mães dos nossos dias, tão inseguras entre os próprios “direitos” e o de seus filhos“, especialmente, às que se envergonham de “apenas” deles cuidar, dedico estas linhas, dizendo-lhes que não há tarefa mais importante do que a maternidade, delegação divina responsável pela formação do homem digno, capaz de edificar o bem onde estiver! Que possamos, todas as mães, biológicas ou do coração, viver a grande alegria de envelhecer envolvida no carinho e no respeito dos filhos, que, amorosamente, nos recompensam com altíssimo salário, aquele que “a traça não corrói, o ladrão não rouba e a ferrugem não consome!”
Nara de Campos Coelho – oradora espírita e leitora convidada