A história das epidemias em JF
Muito oportuno o artigo do conceituado jornalista Wilson Cid, no blog “Diário da Cidade”, sobre as epidemias em Juiz de Fora.
No texto, ele lembra que o ex-prefeito José Procópio Teixeira Filho contava os horrores da Gripe Espanhola em 1918. “Era estudante no Rio, e, quando viu caminhões e carroças carregados de cadáveres, correu para a gare, embarcou no trem noturno para Juiz de Fora, mas a gripe viajou mais rápido. Já estava fazendo as primeiras vítimas, que no final do balanço sinistro eram 651 mortos”.
Conforme Cid, a primeira epidemia, em 1855, durou quase um semestre. “Nunca se soube exatamente quantos morreram, porque a grande maioria da população era formada de escravos da zona rural, e as estatísticas oficias não tinham maior apreço por eles. Sucederam-se as epidemias de 1871, 1874 e 1885, esta agravada com a promiscuidade em que viviam os 900 italianos na Hospedaria dos Imigrantes, onde hoje está o quartel da Polícia Militar, em Santa Terezinha. As febres de sempre, poucos remédios e precários recursos sanitários. A tifóide chegou pesada, quando já estávamos no outro século: 1921.”.
Ainda no artigo, o jornalista destaca que o ‘colera morbus’, de 1899, matou uma das principais figuras da cidade, José Cândido Americano, agente do telégrafo (23 anos). “A chamada ‘febre de mau caráter’ começou a devastação, e sem que muitos nem soubessem o que estava acontecendo, morreram 47. Os trens saíam lotados e muitas famílias corriam para a Colônia de São Pedro, onde a incidência era visivelmente menor, ao contrário dos lugares onde se morria mais facilmente – ruas Santa Rita e Marechal Deodoro”.
Nesta época, a Câmara serviu de hospital de emergência, obrigada, para tanto, a fazer a caiação das paredes, e foi além: “pediu aumento de 30% nos impostos e redução de 10% nos vencimentos dos servidores”.
Wilson Cid conclui: “as epidemias chegam e vão embora sem maior cerimônia, e três meses depois, 6 de julho, uma banda de música passava pelas ruas centrais comemorando o fim a epidemia. A de 1889 foi assim; mas, se deixou estragos, também inspirou os médicos na criação da Sociedade de Medicina, que tinha como principal missão o combate às insalubridades, num esforço para despedir de vez esses males”.
‘Niver’ e corrida
O atleta Caio Trivellato comemora seus 33 anos de uma maneira diferente neste domingo. Vai correr 33 km na esteira, já que o plano inicial de participar da Maratona Internacional de São Paulo foi interrompido por conta do coronavírus. O desafio será transmitido em uma ‘live’ no Instagram, com a participação de outros atletas da cidade.
Novo golpe
Da assessoria da Santa Casa chega o alerta: “o Plasc não tem a prática de aplicar vacina nos clientes em casa ou nas empresas”.
Literatura infantil
Em comemoração ao mês do livro infantil, a consagrada escritora Margareth Marinho criou um tutorial ensinando crianças a escreverem e ilustrarem livros. As orientações estão disponíveis no Instagram da Biblioteca Murilo Mendes.
Antenado
Está caindo aos pedaços a fachada do centenário prédio que abrigou, por muitos anos, a antiga Delegacia Regional de Ensino, na Rua Mariano Procópio. Abandonado, o imóvel do Estado é mais uma evidência de que o patrimônio público precisa de mais atenção.
Piadinha
Do humorista Gustavo Mendes: “Guarani, a cidade onde nasci, está de quarentena há mais de 40 anos”.
Boa observação
Jornalista, especializada em gastronomia e comportamento, Blima Bracher comentava ontem sobre o uso de acessórios nesse período do coronavírus: “colares, relógios, pulseiras e outros objetos de metal devem ser evitados. Eles dificultam a higienização e acumulam bactérias e vírus”.
Registro
De luto os meios sociais com o falecimento de dona Lúcia Lopardi Bomtempo (88 anos), sepultada ontem, no Parque da Saudade. A solidariedade da coluna ao empresário Jonas Pereira Bomtempo e aos filhos Virgílio, Túlio, Virgínia, Tânia, Luciana e Joana D’arc.
Triste realidade
O devastador impacto do coronavírus na economia mundial chega a números estratosféricos também nos EUA.
Apenas para exemplificar, em Las Vegas os prejuízos com a pandemia devem superar os 200 bilhões de dólares. A cidade, que nunca tinha fechado seus hotéis e cassinos, tem previsão de 150 mil demissões de um total de 450 mil empregados.
Toque
“O que somos é consequência do que pensamos”
Buda
Voo Livre
Nesta sexta, às 19h, o Espaço Excalibur organiza o primeiro sarau ‘online’ pelo Facebook, com apresentação de Jorge Lenzi e som de Thiago Miranda.
O ex-prefeito Custódio Mattos, Franciane Reis e Sérgio Sefair comemoram ‘niver’. Amanhã é a vez de Luiz Antônio Fazza e Sabrina Martins.
Dar esmola na rua é auxiliar a vadiagem. Ajude e visite a Casa São Camilo de Lellis (3234-1676).
Coronarvírus – Cuide-se. Previna-se.
