Esculturas sustentáveis: materiais reaproveitados são transformados em arte

Materiais reaproveitados são transformados em em arte

Por Luiz Henrique Duarte

As esculturas produduzidas com materiais reciclados, podem ser consideradas sustentáveis e estão entre as tendências internacionais do design arqfashion, configurando-se entre os elementos decorativos de maior destaque para compor e humanizar os espaços projetados através da arquitetura de interiores contemporânea. Esta arte escultórica, poderá ser exposta dentro dos ambientes modernos através de peças artísticas confeccionadas por itens reaproveitados, além de ser considerada uma forma casual de conscientização para o ativismo ambiental, lançando novas ideias e possibilidades para a decoração dos espaços. As obras, idealizadas com elementos descartados pela ação do homem ou natureza, exercem uma importante influência cultural, quando transformadas em esculturas extremamente conceituais e sofisticadas por diversos artistas plásticos de várias regiões do Brasil.

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Escultura em aço cortém
Em um contexto vanguardista, o design de interiores, valoriza o décor sustentável, utilizando adornos e objetos confeccionados com elementos reaproveitados, como os restos de madeiras de demolição, janelas e portas antigas, raízes de árvores nativas, resíduos de troncos e sementes, sempre, visando intervenções inusitadas de acordo com os materiais que irão compor cada obra. As peças do mobiliário principal, a marcenaria planejada, os outros objetos decorativos, além da paleta de cores, precisam ser integrados de forma homogênea, valorizando toda ambiência espacial elaborada para receber as esculturas. É muito importante criar contrates entre as peças escultóricas e os revestimentos dos pisos e paredes, os tecidos das almofadas e sofás, lembrando de pequenos detalhes, como as fibras e padronagens dos tapetes.
  As esculturas sustentáveis disponíveis no mercado artístico, apresentam técnicas diferentes para a sua confecção, partindo de materiais inutilizados. A artista plástica Patrícia Malvacini está entre os expressivos nomes de sua geração, mesclando em suas obras estilo e personalidade, enfatizando o reaproveitamento de itens garimpados por ela em diversos lugares. ” Eu consigo criar minhas obras à partir dos materiais descartados e tudo pode ser transformado em arte, conforme minhas inspirações “, explica a profissional. As lonas pesadas, o aço cortém, resíduos de metais em bronze e ferro, ferramentas utilitárias sem uso, ferragens oxidadas e os parafusos sem precisão, também podem compor parte das esculturas e mandalas idealizadas para o interior dos ambientes.
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Esculturas em madeira de demolição
Dicas gerais
– O segredo para inovar no projeto de interiores, é expor poucas esculturas, sempre de acordo com às dimensões dos ambientes
– O mobiliário clássico e contemporâneo, com às linhas retas e traços longínquos, permite o uso de peças escultóricas com volumetria
– O décor com esculturas pode ser idealizado de duas maneiras: proporcionando muito destaque a uma determinada peça ou simplesmente fazendo das obras um complemento da decoração principal
– Obras irreverentes e polêmicas precisam estar em total equilíbrio e harmonia com os espaços onde serão expostas
– Evite expor objetos menos expressivos próximos as esculturas
– Saiba o significado de cada uma das peças, todas exercem uma forte influência no interior dos ambientes
Escolhas e uso
– As obras maiores, podem ser expostas com destaque sobre aparadores, buffets, mesas de
apoio lateral e cômodas antigas. Em alguns casos, sobre o próprio piso, próximos aos itens do mobiliário, atente para às áreas de circulação
– Ambientes compactos necessitam de peças menores para estabelecer uma proporcionalidade espacial
– Esculturas pequenas, podem compor estantes, nichos e até prateleiras flutuantes
– A vegetação natural, harmoniza-se muito bem com todos os tipos de esculturas
– Em salas de estar e jantar integradas, aposte em peças únicas
– As peças podem ser expostas em halls, lavabos, lounges, quartos, varandas gourmets e espaços corporativos ou comerciais
– Verifique o móvel disponível para expor cada peça, em uma forma acertiva nas alturas e medidas
– As mandalas são consideradas esculturas de paredes
– Utilize peças baixas em mesas de centro, sempre com um número pequeno de adornos
– Um projeto luminotécnico especial valorizará às esculturas
– Modelos confeccionados em madeiras de demolição e aço cortém, harmonizam-se com todos os ambientes modernos
– Esculturas slim são bem-vindas em ambientes clean e minimalistas
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Peças utilitárias ganham composições
 Ficha técnica:
– Esculturas e mandalas –  Patrícia Malvacini
– Design – Dommanni Alta Decoração
– Produção – Camila Castilho e Luiz Henrique Duarte
– Fotos – Casa Arrumada
Luiz Henrique Duarte

Luiz Henrique Duarte

Sou bacharel em direto, designer de interiores graduado, jornalista apaixonado por arte clássica e contemporânea, arquitetura e tudo relacionado à estética espacial dos ambientes e do bem viver.

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