São consideradas desidratadas ou secas as flores que perderam sua água naturalmente com o tempo, através de um processo de secagem realizado em espaços ventilados ou estufas. Os arranjos decorativos podem ser montados em bouquets reunindo no mínimo duas ou mais espécies de plantas com texturas diferentes, como por exemplo a buganvília, papirus-bolinha, ruscus, samambaia-paulista e statice, entre tantas outras. As cores das pétalas e folhagens variam dos tons resultantes do estágio final da desidratação e podem agregar nuances pastéis ou quentes, conferindo elegância e vivacidade aos espaços.
A secagem das flores remonta primeiramente para a utilização medicinal das espécies secas; em seguida, para perfumaria; e logo depois, para estética, onde despertou o interesse de vários designers florais mundo afora. No século XVII, era hábito perfumar a casa com plantas de temperos aromáticos secos, mesclados com flores desidratadas que expandiam seu perfume em pequenos sachês espalhados por pontos estratégicos dos ambientes. As grandes mostras de arquitetura e design do país destacaram novamente os arranjos desidratados, devido à sua praticidade e durabilidade para fazer a conexão entre as pessoas e a natureza.
Os arranjos desidratados, também são considerados flores naturais, porque entende-se que houve um processo percorrido para chegar ao aspecto seco. A montagem dos arranjos pode ser definida a partir da escolha do vaso ou cachepô em cerâmica, cristal, fibra natural, porcelana ou vidro. É necessário considerar o ambiente onde será exposto, suas metragens, estilo do mobiliário e décor. Entre as vantagens de um arranjo desidratado está sua ligação com a sustentabilidade: as flores ou folhagens que seriam descartadas são reaproveitadas para alegrar os espaços com beleza e leveza!
Ficha técnica:
Arranjos e bouquets: Salud Atelier Botânico
Fotos: Bruno Meneghitti
Produção: Bruno Meneghitti, Léo Afonso e Luiz Henrique Duarte