A “Casa da Virgínia”, como foi chamada, ergue-se em um terreno com 30 metros de aclive, implantada a 18 metros acima do nível da rua: uma decisão dos moradores, antes mesmo de iniciar o projeto.
O objetivo assim ficou claro: construir para proteger e habitar a paisagem, onde a vista alcança a vastidão do território. O desenho da planta projetual é organizado em dois blocos, acomodados no terreno de acordo com as respectivas funções demarcadas: convívio e permanência.
A arquitetura busca ser sóbria, eliminar o supérfluo e fazer com que cada material trabalhe próximo ao limite de suas capacidades estruturais.
Projeto
O projeto propõe, por meio da simplicidade construtiva e economia de meios, conformar casa e quintal de maneira contínua e indissociável.
Próximo à rua, abriga a varanda de acesso, sala e cozinha, de modo a se manter transparente no sentido leste-oeste. Um pátio rebaixado a meio nível articula o bloco anterior ao bloco térreo que abriga os quartos, que se abrem para um jardim lateral.
Estrutura e detalhes
Associada à alvenaria de blocos de concreto, a estrutura modular em madeira foi montada com peças desdobradas de dormente ferroviário: pilares, vigas e caibros apoiam o teto de tábuas coberto por telhas metálicas.
No bloco elevado, duas paredes extremas e três pórticos em madeira sustentam o teto de tábuas de jequitibá. Pilares de madeira também apoiam parte das paredes elevadas e funcionam como escoras permanentes.
A varanda associada ao pátio são os espaços intermediários entre a casa e a imensidão. Para controle do sol e dos ventos encanados pelo vale, quatro painéis pivotantes foram construídos na fachada oeste.
A estrutura se prolonga para além da área coberta formando pérgulas tutoras de plantas trepadeiras, uma forma de estender o jardim do chão para as paredes e o teto.
Pranchas fixadas à estrutura formam bancos ao longo de toda a área externa, reafirmando a ideia de um local estar a céu aberto.
Decoração
A decoração traz móveis rústicos e peças que trazem uma ambiência sofisticada e bem elaborada, com a presença da cerâmica, fibras naturais e madeira, trazendo acolhimento e uma sensação de beleza e leveza. A luz natural incide sobre os ambientes evocando a claridade que faz realçar os detalhes das peças decorativas.
Ficha técnica
Projeto: Márcio Flávio Motta Ribeiro (arquiteto)
Fotos: André Miguel Coronha (fotógrafo de arquitetura e arquiteto-paisagista)
Produção: José Leonardo Afonso (arquiteto, produtor visual e cenografia, finalizador de projetos e decoração)
Assistente: Bernardo Barcellos (arquiteto)
Giro do Design
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