O layoff se tornou um dos assuntos mais comentados nas últimas semanas. Embora o movimento de demissões em massa não seja nenhuma novidade, os cortes que vêm acontecendo nas Big Techs marcaram o final do ano passado e o início de 2023.
Você foi afetado por essa onda de demissões ou conhece alguém que tenha sido?
O layoff pode vir como efeito colateral de uma crise, em alguns casos, consequência do impacto da pandemia do COVID-19, como também pode ser uma decisão estratégica, voltada a mudanças nas empresas. Precisamos entender esse contexto, o que está por trás desse movimento?
Entenda melhor o que é esse fenômeno, o cenário das empresas que recentemente anunciaram a redução do seu quadro de funcionários e, por fim, vamos refletir acerca do que podemos aprender com tudo isso.
O que é o layoff e qual o seu impacto para as organizações
Popularmente conhecido como demissões em massa, o layoff é a decisão de empresas por reduzir significativamente seu quadro de funcionários.
As razões para que isso ocorra podem variar, mas geralmente, é um desdobramento que surge diante de dois principais motivos:
- Dificuldade financeira e a necessidade de cortar ou reduzir gastos.
- Competitividade de mercado e a necessidade de adaptar a novos modelos, tecnologias, agindo de forma estratégica para os objetivos do negócio.
Em todos os contextos, essas demissões se fazem necessárias para a manutenção e sobrevivência das empresas em determinado momento.
Contudo, uma solução de tamanho impacto na vida das pessoas e no ecossistema da própria empresa gera novos desafios. É preciso cuidado com as consequências do layoff para a cultura empresarial e o clima no ambiente de trabalho.
As equipes mantidas tendem a ficar sobrecarregadas e desmotivadas pela sensação constante de incerteza e instabilidade.
Empresas que demitiram em massa recentemente
As últimas notícias do mundo corporativo nos mostra um cenário onde atualmente o setor de inovação está sendo o mais impactado pelo layoff. Confira as razões e os números divulgados por grandes Big Techs que passaram por esse processo recentemente.
Meta
Mark Zuckerberg mergulhou de cabeça no metaverso, direcionando grandes investimentos em uma ampla equipe especializada na novidade e em inteligência artificial. Mas, por hora, os resultados não foram como o esperado, o que resultou na dispensa de 11.000 desses funcionários, equivalente a 13% da força de trabalho.
Amazon
Outra gigante que demitiu 10.000 colaboradores, perdendo 3% do seu quadro. Segundo a empresa, a decisão foi baseada no momento econômico incerto e por uma necessidade estratégica. Vale ressaltar que neste caso, é notável um aumento da ocupação de atividade por robôs.
99
75 funcionários foram dispensados na primeira semana do ano. O número representa aproximadamente 2% da força de trabalho da companhia e afetou diretamente a área de experiência do cliente.
Spotify
Nessa semana, foi a vez da maior plataforma de streaming de áudio do mundo demitir 6% do seu total de colaboradores. A justificativa é que apesar de possuir uma receita em crescimento, ainda há dificuldade para que o negócio se torne lucrativo.
Méliuz
A empresa de cashback também está na lista e demitiu 59 pessoas, 5% do total do seu capital humano. Os desligamentos afetaram principalmente as áreas de experiência do cliente, design e recrutamento.
O que precisamos aprender com o layoff
Em um mundo ideal, as empresas possuem planos de contingência para crises financeiras e se planejam para estruturar equipes que encaixem em seus objetivos competitivos, evitando que situações de demissão em massa não sejam tão frequentes.
Mas o mundo real é bem diferente, até hoje são sentidos o impacto econômico pós pandêmico e o mercado de trabalho, como sempre digo por aqui, é dinâmico.
Para os profissionais impactados e todos os outros que sabem que as demissões em massa são uma realidade do momento, algumas lições podem ser aprendidas:
A primeira delas, é a importância de manter uma reserva financeira para os momentos de dificuldade.
Não menos importante, tem também a necessidade de constante atualização profissional e o desenvolvimento de novas habilidades. Isso será crucial no momento de recolocação ou em uma transição de carreira. Uma coisa é certa, o mercado irá facilmente absorver aqueles profissionais com capacidades técnicas e comportamentais afiadas.
Por fim, não podemos deixar de falar sobre flexibilidade e adaptabilidade. O mercado de trabalho se transforma sempre, todos os dias surgem novos desafios, bons ou ruins e quem não souber como lidar com as consequências, imprevistos e mudança de cenários vai ficar para trás.