Eu conhecia a cidade de Uberlândia através do futebol. Conhecia, não; já tinha ouvido falar, pelo que acompanho do futebol mineiro – muito pouco -, mas sabia da existência do time do Uberlândia e do Nacional. Acho que atualmente estão mal das pernas em termos de disputas em campeonatos regionais. Talvez encontrem-se em condições financeiras um pouco melhores do que o nosso centenário Tupi. Digo isso porque, na semana passada, participei junto a outros colegas da cidade, que atuam na geriatria e gerontologia, do XII Congresso Mineiro realizado naquela que, para mim, ficou a impressão de uma bela e próspera cidade do nosso estado. Uma cidade onde os carros de aplicativos são, na sua grande maioria, perfilados de linhas nobres das marcas automobilísticas.
O Congresso aconteceu no Center Convention, que é um dos mais arrojados, se não o melhor, shopping center da cidade em ofertas de opções de consumo, de muitas lojas e lojas grandes se comparadas com as mesmas grifes das que têm em JF. Minha participação se deu através do honroso convite que recebi da Sociedade de Geriatria e Gerontologia do Estado de Minas Gerais, por meio da Diretora do Departamento de Gerontologia, a excelente fisioterapeuta e especialista em Gerontologia Amanda Aparecida Oliveira Leopoldino, a quem agradeço muito pela oportunidade de participar desse importante evento científico. Agradeço também a psicóloga especialista em Gerontologia, Cris Finotti. De igual modo apresento meus agradecimentos a Rosani Bobadilho, gerente administrativa da SBGG/MG.
O alcance das expectativas na realização desse congresso só foi possível por conta da determinação e vontade do seu presidente, Diogo Kallas Barcellos, médico geriatra, em fazer um congresso de sucesso, tanto na quantidade como na qualidade de seus participantes. Durante o desenvolvimento do congresso, participei de vários eventos em sua programação. Fiz um curso pré-congresso sobre “Empreendedorismo – como criar e manter negócios de sucesso na geriatria e gerontologia” – sob a condução competente do professor Estevão Alves Valle. Do congresso em si, participei com entusiasmo e motivação das seguintes sessões científicas: 1) atenção domiciliar – cenário atual, modelos de gestão e inovações; 2) a realidade das Instituições de Longa Permanência para as Pessoas Idosas; 3) tecnologias aplicadas à assistência à pessoa idosa; 4) carreira em geriatria e gerontologia – estratégias e oportunidades; 5) gerontologia e contemporaneidade – desafios da longevidade; 6) espiritualidade e finitude, com a participação ilustre do professor Giancarlo da Faculdade de Medicina da UFJF; 7) políticas públicas de saúde da pessoa idosa; 8) os superlongevos. Quantas aprendizagens e conhecimentos obtidos que serão entregues à nossa cidade!
Esse congresso teve um sabor muito especial para mim, porque tive a satisfação de compor uma mesa de trabalho ao lado de profissionais gigantes da geriatria e gerontologia com o seguinte tema: “sustentabilidade e integralidade na assistência à pessoa idosa”. O que eu aprendi? Com a movimentação de um público participante de mais de 400 pessoas, percebi o quanto esse assunto vem ganhando interesse do meio científico. E não é à toa. Estamos envelhecendo muito rápido e precisamos saber trabalhar com as pessoas idosas. Entre um cafézinho e outro, conheci novas pessoas, um espaço para fazer o que no mundo corporativo leva o nome de network (“troca de figurinhas”). Aprendi também sobre o caminho sem volta de ter cada vez mais presença nas redes sociais.
Falar cada vez mais sobre o processo de envelhecimento. Tarefa que vocês, caros leitores e leitoras, fazem muito bem comigo com a honra da leitura dessas colunas dominicais. Portanto, retomo à realidade do trabalho com a consciência reforçada de que temos que seguir adiante. Nesse momento que antecede as eleições municipais é fundamental que a pauta da geriatria e da gerontologia esteja presente e ganhe centralidade na campanha eleitoral que começou essa semana.
