
O campeão ou a campeã do BBB 25 será anunciado no fim desta terça-feira (22), data que marca o centésimo e último dia do programa. Guilherme, João Pedro e Renata são os postulantes a levar o prêmio de R$ 2,72 milhões para casa. A final de 2025 reflete a edição por completo: ao mesmo tempo consegue ser inesperada, incompreensível e fraca. E o Confessionário não se resumirá a falar sobre a provável campeã – Renata.
É inegável que a edição 25 do Big Brother Brasil teve um dos desenrolares mais inesperados da história. Foram necessárias muitas semanas de programa para que o público finalmente conseguisse entender o que estava por vir – especialmente no que diz respeito ao favoritismo para vencer o reality show. Apesar disso, também vale destacar que os resultados dos paredões passaram a ser levemente previsíveis: em diferentes ocasiões, o voto da torcida divergia do voto único; mesmo assim, a torcida prevalecia, favorecendo quem tem tempo de gastar horas do dia votando.
Embora o BBB 25 não tenha sido rico em bons enredos e personagens marcantes, pode-se afirmar que a final é incompreensível por quem chegou até ela. A presença de João Pedro não faz sentido ao se levar em conta os demais participantes. Aline e Vinícius, por exemplo, mereciam mais chegar ao top 3. O fator de merecimento do gêmeo apareceu, sobretudo, nos dias finais: o brother venceu diversas provas para se manter no jogo. Contudo, seu posicionamento na casa não condiz com a posição que atingiu.
Renata, a queridinha do público, e Guilherme, um dos mais sensatos da edição, até mereceram chegar à final. Em Big Brother’s anteriores, a opinião provavelmente seria outra. Mas no deserto de entretenimento que foi o 25, a história é diferente. A verdade é que o povo errou em diversos paredões, o que levou à queda na qualidade do programa ao longo das semanas. Com outro sistema de votação, o fim poderia ter sido outro.
Por fim, em uma avaliação completa, o veredito é que o BBB 25 foi muito aquém das expectativas. O formato de duplas tinha muito potencial, principalmente pelo risco que a produção correu em mudar completamente os moldes do programa. Também vale ressaltar a criatividade na maioria (não todas) das dinâmicas. Mesmo assim, a impressão é de que nada deu muito certo. Nesse caso, a parcela de culpa do público e dos participantes é maior do que a da produção.
Muito deve ser revisto para o Big Brother Brasil 26, desde as dinâmicas até o perfil dos brothers e sisters, assim como o sistema de votação. A próxima edição precisa, em todos os quesitos, estar em maior sintonia com as tendências atuais – principalmente a perigosa era do cancelamento. A cada ano, fica mais nítido como o medo de ser cancelado atrapalha o andamento do programa. Que seja aprendizado para todos.