Operação nacional contra ligada ao abuso sexual infantil cumpre mandados em Minas
Ação tem apoio de instituições internacionais e ocorre em 20 estados
Uma operação do Ministério Público de São Paulo desencadeou uma força-tarefa contra abuso sexual infantil que cumpre mandados de busca e de prisão em 20 estados e no Distrito Federal. A ação tem apoio de instituições internacionais e da Embaixada dos Estado Unidos.
A Operação Lobo Mau tem como foco o combate à exploração sexual infantil na internet.
Os investigadores descobriram a existência de criminosos que entram em contato com crianças e adolescentes, por meio de plataformas digitais; e convencem os menores a produzir conteúdo de nudez e, até mesmo, de sexo. Esses produtos seriam consumidos e distribuídos em grupos fechados de troca de mensagens e também em um jogo virtual que permite a criação de conteúdo e o compartilhamento de experiências.
A operação mobilizou equipes especializadas das Polícias Civis e dos Ministérios Públicos do Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul e Sergipe.
Participaram da ação as Polícias Militares dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso.
No Rio de Janeiro, policiais civis e agentes do Gaeco cumprem os mandados na capital, em Belford Roxo, em Duque de Caxias e em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense; e também em Três Rios e Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.
Ação em Minas Gerais
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o estado é o segundo com o maior número de investigados e mandados. O MPMG afirma que as investigações apontaram a existência de um número expressivo de criminosos que, escondendo o fato de serem adultos, entram em contato com crianças e adolescentes por meio de plataformas digitais para induzi-las a produzir conteúdos de nudez e até mesmo de sexo, com a finalidade de consumir e distribuir o material produzido em grupos fechados de trocas de mensagens.
O MPMG revelou que dispositivos eletrônicos e outros equipamentos de produção e armazenamento de conteúdo foram apreendidos. O intuito é identificar outros envolvidos na prática criminosa e reforçar a necessidade de atuação conjunta e contínua contra esse tipo de crime.