Veado é resgatado às margens do Rio Paraibuna

Animal foi capturado com ajuda de um homem que transitava pelo local e ajudou as equipes de resgate


Por Pâmela Costa

17/09/2024 às 12h44- Atualizada 17/09/2024 às 16h28

Um veado-catingueiro foi resgatado às margens do Rio Paraibuna, em Juiz de Fora, durante a manhã desta terça-feira (17). O animal havia sido visto vagando pela região no último sábado (14), mas, na data, as equipes do Corpo de Bombeiros e do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) não conseguiram realizar a captura.

Conforme a guarnição, o veado foi avistado novamente nesta terça às margens do rio, na região de um supermercado na Avenida Brasil. As equipes deslocaram-se para o local, e um pedestre ajudou no resgate. Ele conseguiu usar um laço para conter o cervídeo, que foi capturado.

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Animal foi contido por grupo de resgate (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Segundo o Corpo de Bombeiros, o animal da espécie catingueiro apresentava sinais de cansaço, mas estava em boas condições de saúde. Após a captura, o animal foi sedado e encaminhado para cuidados e avaliação pelo Cetas. 

Após conseguir conter o veado, o transeunte saiu sem se identificar, segundo os bombeiros. No local também estiveram presentes a Polícia Ambiental, o Corpo de Bombeiros e a Guarda Municipal, que auxiliaram na operação.

Animal pode ter fugido de queimadas

Em nota, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) informou que o veado-catingueiro geralmente prefere áreas com vegetação arbustiva e bordas de mata. A presença do animal na margem do Rio Paraibuna, em que há predominância de gramíneas, portanto, pode ter ocorrido devido às inúmeras queimadas ocorridas em Juiz de Fora, cita o órgão.

Ainda de acordo com o IEF, após passar por avaliação de tratamento pela equipe de médicos veterinários do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) será reintroduzido em uma área preservada de Mata Atlântica.

“Nesse período de seca, em que ocorrem queimadas, é bastante comum o aparecimento de animais silvestres como lobos-guará, tamanduás e até mesmo onças em áreas urbana dos municípios. Muitas vezes, esses animais estão fugindo de áreas queimadas e acabam entrando acidentalmente nas áreas urbanas”, continua a nota encaminhada pelo IEF.

“A quantidade de animais vítimas de queimadas e atropelamentos aumenta nesse período. Além dos animais queimados, o IEF também recebe animais atropelados em áreas próximas às queimadas, bem como animais desidratados, magros, debilitados e intoxicados pela fumaça. Nesse ano, o CETAS JF (IBAMA/IEF) já recebeu animais como cachorro-do-mato, gambás, ouriço e seriemas.”

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