Castelo da Borracha será demolido manualmente


Por Júlia Pessôa

18/11/2011 às 20h08

Procedimento deve durar 60 dias

Procedimento deve durar 60 dias

O edifício onde funcionava o Castelo da Borracha, na Avenida Getúlio Vargas, no Centro, será demolido manualmente, e a expectativa é de que o procedimento dure cerca de 60 dias devido à sua complexidade. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (18) pela secretária de Atividades Urbanas da Prefeitura, Sueli Reis. Em carta à imprensa, ela informou que, depois de diversos pareceres de especialistas em demolição e segurança do trabalho, foi decidido que o serviço não poderá ser feito mecanicamente, devido ao risco de afetar edificações do entorno. Com isso, o maquinário será utilizado apenas para possibilitar o acesso aos andares superiores, que ficaram seriamente comprometidos após o incêndio que devastou vários estabelecimentos entre as ruas Floriano Peixoto e a Getúlio Vargas, no dia 24 de outubro.

Inicialmente o trabalho seria realizado por uma empresa juiz-forana contratada pelos proprietários do Castelo da Borracha, com previsão de início no dia 28 de outubro, aproveitando o feriado do Dia de Finados (2 de novembro). Contudo, a demolição não foi iniciada na data prevista, e a firma contratada decidiu não realizar o serviço. Diante do impasse e da necessidade de garantir maior agilidade ao processo, a SAU entrou em contato com empresas especializadas de Juiz de Fora, Rio de Janeiro e São Paulo, solicitando orçamentos. Os documentos foram encaminhados ao perito da seguradora do Castelo da Borracha e aos donos do imóvel, que deverão optar por uma empresa e providenciar a papelada necessária para o início dos serviços.

A SAU também entrou em contato com a Cemig e a Cesama, que informaram que não será preciso interromper o fornecimento de água ou energia elétrica no período de demolição da edificação. A Cemig informou que fará o afastamento da fiação em frente ao prédio. Já a empresa contratada para o serviço fará a instalação de uma contenção com o objetivo de evitar danos aos fios e garantir a segurança no entorno. Ainda para como medida de cautela, o prédio que abrigava o Hotel Nacional, que também teve a estrutura gravemente comprometida, só será demolido logo depois do término das atividades no Castelo da Borracha.

Sem data

Como ainda não houve definição da empresa, a demolição do edificação não tem data para acontecer. Sueli Reis garantiu, no entanto, que a Defesa Civil continuará monitorando o local, a fim de evitar que algum acidente aconteça. "A Prefeitura e os proprietários estão envidando todos os esforços necessários para agilizar o início da demolição, agindo, todavia, com razoabilidade, em virtude dos impactos causados pelo sinistro", destacou a secretária.

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