Inquérito classifica homicídio de Brunna Letycia como triplamente qualificado
Polícia Civil indiciou suspeito por homicídio com motivo fútil, asfixia e feminicídio
O inquérito da Polícia Civil indiciou o homem de 31 anos, suspeito de assassinar a jovem Bruna Letycia, de 24 anos, pelo crime de homicídio com três qualificadoras: motivo fútil, asfixia e feminicídio. Já a mulher, de 30 anos, também suspeita do assassinato, foi indiciada por homicídio duplamente qualificado devido a motivo fútil e asfixia. Ambos também responderão pelo crime de ocultação de cadáver.
Segundo a lei brasileira, a penalidade para homicídio qualificado pode variar de 12 a 30 anos de prisão. Agora, com a investigação finalizada, o inquérito será avaliado pela promotoria.
O advogado da vítima, em contato com a reportagem, afirmou repudiar o teor da denúncia. De acordo com ele, a mulher manteve-se quieta frente às constantes ameaças sofridas por seu então companheiro na ocasião.
Ele acrescenta que a mulher não teria tido a oportunidade de se desvencilhar do homem durante o percurso do crime. Além disso, o advogado informou que deu entrada, na última semana, ao pedido de habeas corpus em favor de sua cliente. A justificativa é que não há necessidade da segregação cautelar da mulher.
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Relembre o caso
O casal indiciado teria praticado o crime na residência que morava, no Bairro Previdenciários, na Zona Sul. Após o homicídio, o corpo da jovem teria sido colocado dentro de uma mala e, por meio de um carro solicitado em aplicativo, foi transportado até o Bairro Milho Branco, na Zona Norte, local onde foi parcialmente carbonizado em um matagal.
Brunna Letycia desapareceu no dia 2 de janeiro, uma terça-feira. Após dois dias, o corpo da jovem foi encontrado em meio a um matagal. Mais tarde, gravações das câmeras de segurança do prédio em que o casal suspeito morava registraram a mulher entrando no apartamento dos supostos autores. Contudo, não houve imagens dela saindo.
A gravação evidenciava, entretanto, os suspeitos deixando o prédio com uma mala, que teria sido usada para colocar o corpo da vítima já sem vida. Durante depoimento à polícia, a suspeita disse ter sentido ciúmes da menina com o marido, momento em que eles começaram a discutir. O conflito fez com que Brunna ligasse para amigos irem buscá-la, mas o homem pegou o celular dela e a jogou no sofá e, em seguida, teria asfixiado a jovem.