As melhores e piores seleções até agora nas eliminatórias da Copa do Mundo na América do Sul

Por Marketing e Negócios

Falta menos de um mês para a terceira rodada das eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo de 2026.

Torcedores, jornalistas, vários tipos de sites de apostas e, claro, jogadores e técnicos já se preparam para o próximo dia 12, quando as dez seleções sul-americanas que estão participando dessa etapa voltam a entrar em campo para garantir uma vaga no próximo mundial.

Até o momento, Brasil e Argentina lideram o ranking, ambos com 100% de aproveitamento.

Pelo saldo de marcações, os brasileiros ficam em primeiro lugar, com 5 pontos, contra 4 pontos dos argentinos.

Em terceiro lugar está a Colômbia, que também não conta com nenhuma derrota, porém ficou nessa colocação devido a um empate de zero a zero com o Chile.

Em quarto e quinto lugares, com 50% de aproveitamento, estão Uruguai e Venezuela, respectivamente, cada um com uma vitória e uma derrota.

No saldo de gols, os uruguaios contam com 1 ponto, contra 0 ponto da Venezuela.

Paraguai e Peru estão empatados na sexta posição, com -1 no saldo de gols, e em oitavo lugar está o Chile, com -2 no saldo de marcações.

O Equador, apesar de estar com 50% de aproveitamento (como o Uruguai e a Venezuela, que estão na quarta e quinta colocações, respectivamente), está em penúltimo lugar na tabela das eliminatórias da Copa 2026 na América do Sul.

Isso ocorre porque, antes mesmo da bola rolar, os equatorianos já começaram as eliminatórias com uma desvantagem.

Trata-se, na realidade, de uma sanção do Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), aplicada em novembro do ano passado e oficializada poucos dias antes do início da Copa no Qatar.

Essa sanção se deve à irregular escalação de Byron Castillo. De acordo com o escritório Carlezzo Advogados, que representa o Chile, o lateral-direito não teria nascido no Equador, mas na Colômbia.

Apesar da Federação Internacional de Futebol (Fifa) não ter aceitado inicialmente as alegações, a acusação apelou ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), última instância da Justiça Desportiva.

Assim, em um julgamento marcado pela rapidez (durou menos de 45 dias), o tribunal validou a alegação chilena e concluiu que Castillo foi inscrito com uma documentação falsa pela FEF, a Federação Equatoriana de Futebol.

Além da punição de -3 pontos no atual ciclo de Eliminatórias, foi aplicada uma multa de 100 mil francos suíços, o equivalente a cerca de 525 mil reais. Byron, por sua vez, não recebeu sanções no âmbito individual.

É até por conta desse caso, que representou uma das maiores guerras jurídicas da história do futebol entre seleções sul-americanas, que a rivalidade entre Equador e Chile tem se tornado bastante acirrada entre torcedores de ambos os clubes.

Por fim, resta falar na Bolívia, que ocupa a última colocação da tabela das eliminatórias da Copa 2026 na América do Sul, com 0 ponto.

Por que as eliminatórias da Copa do Mundo na América do Sul são tão difíceis?

A fortaleza montanhosa do Equador fica a 2.800 metros acima do nível do mar.

La Paz, na Bolívia, é ainda mais alta – 3.600 metros – e no ar rarefeito da montanha não há paz para adversários não aclimatados.

Jogar nesses locais, portanto, requer um planejamento detalhado e específico para quem não está acostumado.

De fato, a geografia da América do Sul traz desafios próprios. A altitude é o exemplo mais extremo, mas também existe o calor.

A Colômbia gosta de receber seus jogos em casa, no calor escaldante da tarde de Barranquilla, na costa caribenha.

E o Brasil de Fernando Diniz dificultou a vida dos bolivianos, acostumados com as altas altitudes, ao levá-los ao clima tropical do norte de Belém no jogo que teve no Mangueirão.

No outro extremo da América do Sul, o Equador congelou quando visitou a Argentina no inverno de Buenos Aires no Estádio Monumental de Nuñez.

As distâncias são vastas e há pouco tempo para percorrê-las. O Paraguai, por exemplo, foi até a Venezuela, enquanto o Uruguai fez uma longa viagem até o Equador.

Com as condições climáticas e o ambiente intimidante, não existe jogo fácil fora de casa nas eliminatórias sul-americanas.

Todo esse tempo gasto em um avião, é claro, reduz o tempo que pode ser gasto no campo de treinamento.

Os treinadores podem queixar-se das suas condições de trabalho, mas isto oferece pouca proteção contra a exigência de resultados imediatos.

O grande diferencial das eliminatórias sul-americanas – o diferencial que torna a competição tão especial – é que todas as 10 nações acreditam que têm uma chance real de passar pelo corte.

Isto é consequência do sucesso do formato maratona, com todas as nações jogando entre si em casa e fora dela.

Realmente, é verdade que está ficando difícil não se qualificar. Mas, no final do processo, três, e talvez quatro nações ficarão amargamente desiludidas por terem perdido a festa.

E aqueles que conseguirem sobreviver terão enfrentado crises e muitos desafios, tanto desportivos como logísticos.

Além, claro, da eterna questão da altitude, lembrando os céticos que as eliminatórias sul-americanas continuam sendo uma tarefa difícil.

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